O julgamento de Paulo Roberto Pereira Quinta, conhecido como Paulo Tutancâmon, e de Francisco Diego Vidal Coutinho, o Russinho, ambos acusados da morte do delegado de Pontal do Paraná José Antônio Zuba e do funcionário público Adilson da Silva, começou nesta segunda-feira (14), às 9 horas, no Fórum de Matinhos, litoral do estado. Pela manhã, três testemunhas de acusação foram ouvidas. Por determinação da Justiça, os nomes das testemunhas não podem ser divulgados.

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O julgamento se estendeu até as 14 horas e foi interrompido para o almoço. Deveria ser retomado às 15h30. Dez testemunhas ainda devem ser ouvidas e depois serão ouvidos os réus. O julgamento deve seguir durante a noite desta segunda (14) e não tem previsão para acabar, segundo informações da Vara Criminal de Matinhos. O júri popular é composto por sete jurados e é o primeiro realizado pelo juiz Guilherme Mazzucco Portela.

A promotora Rosane Pereira Orfon é a responsável pela acusação. Russinho e Tutancâmon são acusados pelo Ministério Público pelos crimes de formação de quadrilha, porte ilegal de arma de fogo e homicídio qualificado. Tutancâmon ainda responde por furto do armamento dos policiais no momento do crime.

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Relembre o caso

O delegado Zuba recebeu uma denúncia de que havia homens armados em duas barracas no camping Olho d’Água. Ele se dirigiu ao local com Adilson da Silva e as investigadoras Luiza Helena Santos e Noeli de Fátima Avine. Quando se identificou, falando que era policial, Zuba foi baleado.

O delegado estava sem o colete à prova de balas. Segundo as investigadores, os outros bandidos já saíram atirando com duas pistolas na mão. Adilson também foi atingido.

Os quatro criminosos renderam Luiza e Noeli. Elas foram ameaçadas e, segundo a polícia, tiveram de implorar para não morrer. Segundo elas, um dos bandidos ainda deu mais um tiro na cabeça de Zuba quando ele já estava no chão. Os criminosos as libertaram e fugiram em dois carros com placas do Rio de Janeiro.

Coutinho, preso no dia da morte de Zuba, disse em interrogatório que o grupo faz parte de uma facção criminosa do Rio de Janeiro. Outros dois suspeitos da morte do delegado morreram em confronto com a polícia em 2010 e eram fugitivos do presídio de Bangu, no Rio de Janeiro.

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