O ex-superintendente do Porto de Paranaguá Eduardo Requião disse à Gazeta do Povo, por telefone, que não tem informações sobre a Operação Dallas, deflagrada pela Polícia Federal na semana passada e que resultou na prisão temporária de 10 pessoas e no cumprimento 29 mandados de busca e apreensão, inclusive em duas residências dele – em Curitiba e no Rio de Janeiro, onde foram apreendidas armas, munição e farta documentação. Ele se comprometeu a dar entrevista nos próximos dias.

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"Só vou dar entrevista quando eu voltar para Curitiba. Antes não. Não sei exatamente o que está acontecendo. Vou me inteirar dos fatos e aí lhe darei uma entrevista. Após o meu retorno", disse. Ele preferiu não dizer onde esteve nos últimos dias.

Luís Mussi foi procurado, mas não atendeu aos telefonemas. No dia da operação da PF ele se limitou a dizer que não tinha qualquer envolvimento com o caso e que nem sequer tinha conhecimento do cumprimento do mandado de busca e apreensão em sua residência. A reportagem tentou também falar por telefone com Carlos Augusto Moreira Júnior sobre as conversas captadas pela PF, mas não houve resposta.

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Articulador

Apontado pela PF como o principal articulador do esquema envolvendo a compra de uma draga para o Porto de Paranaguá (leia mais na pág. 6), o empresário Alex Hammoud não foi localizado. A reportagem esteve em dois endereçosindicados pela PF como sendo dele em Foz do Iguaçu. Uma senhora que não quis se identificar disse que o empresário não estava. Em outro, o porteiro afirmou que a casa é do irmão de Hammoud.

O irmão do empresário, Charif Hammoud, diretor do Grupo Monalisa, no Paraguai, disse desconhecer qualquer envolvimento de Alex no esquema e diz acreditar que o nome do irmão teria surgido nas investigações por manter relações comerciais com grupos chineses. "Ele pode ter procurado saber sobre como poderia fazer algum negócio com draga. Mas isso não é crime. Não acredito que ele esteja envolvido com nada disso."