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Crimes na Vila Sabará, segundo a polícia, foram a mando do tráfico | Felipe Rosa/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Crimes na Vila Sabará, segundo a polícia, foram a mando do tráfico| Foto: Felipe Rosa/Agência de Notícias Gazeta do Povo

O jovem de 16 anos que foi baleado na Vila Sabará, no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC), no último sábado (19), continua internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Trabalhador. Felipe Lopes Ferreira Alves seria o alvo dos disparos que acabaram matando um menino de 11 anos, atingido por uma bala perdida quando estava em uma lanchonete.

O crime ocorreu na Rua Herece Fernandes, por volta das 19h40. Wellington Daniel Vujanski Caires estava em uma lanchonete quando foi atingido por uma bala na cabeça. Ele não resistiu e morreu na hora. Já Alves, que foi baleado no abdômen foi socorrido pelo Siate e levado para o hospital.

De acordo com informações da Delegacia de Homicídios, os tiros foram efetuados de dentro de um veículo de cor escura, possivelmente um Corsa preto. Quatro pessoas estavam dentro do carro, que perseguia Alves. O jovem entrou na lanchonete para se esconder. Um dos passageiros do carro atirou contra o estabelecimento, atingindo as duas vítimas.

Wellington foi sepultado no Cemitério Caminho do Céu, em São José dos Pinhais, no domingo (20).

No dia seguinte ao crime, com exceção da lanchonete que foi palco do tiroteio, o comércio estava aberto, os jovens e crianças aproveitaram a tarde na rua e o som continuava alto, mas evitavam andar em grupos por medo. Os comerciantes ouvidos pela reportagem da Gazeta do Povo contaram que continuam com as portas abertas pela necessidade, mas que trabalham constantemente com o medo e se protegem como podem.

Mortes no Sabará

Desde o início de novembro, outros três adolescentes foram mortos e outras três pessoas foram baleadas em crimes na Cidade Industrial de Curitiba. Segundo informações da Delegacia de Homicídios (DH), os casos estão relacionados. As mortes teriam sido determinadas por traficantes que atuam na área e utilizam as gangues de jovens para a venda de drogas.

Na Vila Sabará, moradores e alunos da Cândido Portinari apontam a existência de uma lista de jurados para morrer. Seis nomes integrariam o rol. A Gazeta do Povo mostrou que a DH identificou três gangues na região: a Cidade de Deus (CDD), a Comando Sabará, e a Comando Corbélia. Todos os grupos seriam compostos por jovens com idades entre 12 e 20 anos, que estariam se enfrentando.

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