Belo Horizonte - O advogado do goleiro Bruno Fernandes, Ércio Quaresma Firpe, disse ontem que Eliza Samudio está viva e desaparecida para manter o jogador preso. Quaresma, que defende outros cinco envolvidos no caso do desaparecimento da ex-amante de Bruno, disse ainda que seus clientes estão passando por tortura psicológica. As declaração foram feitas em entrevista à Rádio CBN. O jogador é suspeito de ter assassinado a ex-namorada para negar a paternidade do bebê.
"Enquanto eu não verificar um atestado de óbito, enquanto eu não cotejar um exame de necropsia, essa moça está viva", afirmou Quaresma. Ele acredita que a jovem sumiu por vingança. "A maior vingança que uma mulher pode fazer contra um homem por qualquer tipo de situação é dele ir para a cadeia inocentemente."
O advogado citou ainda o fato de Luiz Romão, o Macarrão, ter passado por exame de corpo de delito na madrugada de ontem. Segundo Quaresma, Macarrão foi agredido por policiais. "O que estava acontecendo em Minas é coisa da Idade Média. Os inquisidores da Santa Inquisição iriam pedir bênção e aula [para os policiais] para torturar os outros mentalmente."
A ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes Castro, depôs ontem à polícia de Minas. Fernanda é suspeita de ter ajudado a cuidar do bebê de Eliza ainda no Rio. Ela negou ter tido contato com Eliza. Ércio Quaresma disse que ela esteve apenas com o bebê e confirmou que sua cliente esteve em um motel de Contagem (MG) com Bruno, mas sem ver Eliza.
Também ontem, a juíza Marixa Lopes Rodrigues, da comarca de Contagem (MG), negou o pedido de revogação da prisão feito pela defesa de Dayanne Souza, mulher de Bruno.
Ossada
O delegado Mário Celso Ribeiro Fenne, de Cachoeira Paulista (SP), comunicou à polícia de Minas sobre a localização de um corpo carbonizado. "Não estamos afirmando nada, o único fato concreto é a existência do corpo", disse. O corpo foi encontrado no bairro São Miguel no dia 26 de junho. Os peritos não conseguiram determinar se a vítima era homem ou mulher, pois o corpo estava carbonizado e sem a arcada dentária superior. Os peritos guardaram um pedaço do fêmur e um dente para eventual identificação. A vítima foi enterrada como indigente.
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