A delegada Paula Brisola, do Núcleo da Criança e do Adolescente (Nucria), nesta sexta-feira (22), não quis se manifestar sobre a acusação dos advogados que representam os pais do bebê morto por suposto abuso sexual. Ela apenas disse que "se eles acham que eu fui tendenciosa ao passar informações, eles que recorram à Justiça".
A delegada foi acusada pelos advogados Nilton Ribeiro de Souza e Luciano Cesconetto, de ter dado informações tendenciosas sobre o caso da morte da criança. Ribeiro afirmou que um procedimento paralelo será aberto contra a delegada. "Ela manipulou as informações e vai responder por isso", disse.
Em visita ao IML, na manhã desta sexta, os advogados do casal, tiveram acesso ao laudo e, segundo Ribeiro, o documento foi tendencioso. "Vamos contestar o laudo apresentado pelo IML. Já pedimos ao juiz do inquérito para que o instituto mantenha o corpo da criança em condições, para que possamos fazer novos exames", afirmou o advogado.
O casal acusado pela morte do bebê permanece preso na capital. A defesa aguarda julgamento dos pedidos de habeas corpus, impetrado no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) no último dia 20. "O casal tem o direito de responder em liberdade, uma vez que, quando estavam soltos, não atrapalharam as investigações", conclui Ribeiro. InquéritoNesta quinta, Paula Brisola concluiu o inquérito sobre o caso, e indiciou os pais da criança por atentado violento ao pudor com agravante de morte. O documento será encaminhado ao Ministério Público, que terá cinco dias para oferecer ou não denúncia à Justiça. Caso sejam condenados, os pais podem pegar de 12 a 25 anos de prisão.
O bebê morreu no último dia 8, na Maternidade Mater Dei. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que o bebê morreu por infecção generalizada, pós lesão anal. Ainda segundo o laudo, "a lesão, pelas características, pode ter sido causada por pênis humano, por um ou mais dedos ou ainda instrumentos com as mesmas características".
EsclarecimentoO TudoParaná e a Gazeta do Povo decidiram não publicar os nomes dos suspeitos em virtude de o abuso ainda estar sendo tratado como um suposto crime e em razão da gravidade das denúncias contra os pais do bebê.
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