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O prefeito de Londrina, Nedson Micheleti (PT), classificou nesta terça-feira como "descabida" a liminar da juíza da 9.ª Vara Cível, Cristiane Tereza Willy Ferrari, afastando João Rezende da presidência da Sercomtel. A reação de Nedson foi divulgada pelo Núcleo de Comunicação da prefeitura.

A Sercomtel também divulgou nota oficial questionando a decisão da juíza e sustentando que a empresa colaborou com as investigações. Rezende não deu entrevistas sobre o assunto nesta terça. A liminar, da qual Rezende não tinha sido intimado até o final da tarde de terça, foi concedida atendendo a um pedido feito pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, numa ação sobre o vazamento de informações de quebras de sigilo telefônico determinadas pela Justiça. Assim que o presidente da empresa for intimado, o procedimento normal é o Conselho de Administração se reunir para escolher um novo presidente, que teria caráter interino, até que a situação de Rezende seja definida.

Na esfera cível, Rezende foi denunciado por improbidade administrativa. Na Criminal, a Promotoria de Investigações Criminais (PIC) denunciou o presidente da Sercomtel, acusando-o de fotocopiar os documentos que foram apreendidos com o detetive particular Paulo Rodrigues em setembro do ano passado, na sexta-feira que antecedeu o primeiro turno das eleições municipais.

Além dos documentos de quebra de sigilo, o detetive foi preso com extratos da conta do telefone celular do prefeito Nedson e dos secretários Aloysio Crescentini (Obras) e Wilson Sella (Fazenda).

"Não existe"

"Não existe nada que comprove o envolvimento do presidente da Sercomtel no caso citado pelos promotores. No despacho da liminar judicial, conforme foi divulgado pela imprensa, está confirmada a falta de provas que estabeleçam qualquer responsabilidade do presidente da empresa", declarou o prefeito através do Núcleo de Comunicação.

Nedson diz "estranhar que quase um ano após a prisão do detetive com faturas detalhadas de contas telefônicas o MP tenha entrado com a ação pedindo o afastamento de Rezende". O prefeito usou o fato do detetive estar com cópias dos seus extratos telefônicos como argumento em defesa do Rezende. "É no mínimo absurdo supor que o presidente da Sercomtel tenha tornadas públicas essas informações", criticou.

Nedson concluiu sua manifestação dizendo que "está sendo preparado o recurso à liminar".

Sercomtel

O texto da nota divulgada pela Sercomtel diz que a presidência da empresa "refuta, com veemência, as acusações formuladas pelo MP". A nota também afirma que a Sercomtel "colaborou de forma incisiva" com o procedimento investigatório do MP, "fornecendo inclusive cópia de sua sindicância interna para instruir o processo".

A empresa afirma ainda que foi protocolada junto à 4.ª Vara Criminal (onde tramita a ação protocolada pela PIC) uma petição "informando acerca da existência de provas sonegadas pelo MP, por não terem sido juntadas aos autos", mas não especificou que provas seriam essas.

Saiba mais sobre o caso na reportagem em vídeo do Paraná TV

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