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Polícia ainda não tem pistas de autor dos disparos que mataram cabelereira no Bradesco do Hauer

O sistema de segurança da agência bancária onde uma mulher foi assassinada é considerado obsoleto pela polícia. A cabelereira Rosângela da Costa, 40 anos, foi morta com três tiros quando fazia um depósito em um caixa eletrônico da agência do Bradesco no bairro Hauer, em Curitiba, por volta das 22h de terça-feira (26). Um disparo foi dado ao chão, talvez para intimidar a vítima. As imagens das câmaras do banco, que deveriam identificar os suspeitos, dificilmente deverão servir para as investigações.

A Polícia Civil aguardava com grande expectativa as imagens do circuito interno de gravação do banco. A reportagem da Gazeta do Povo assistiu a gravação, enviada junto com uma carta que exige o sigilo das imagens. Porém o DVD apenas trouxe estática em preto e branco que não contribuem para a investigação. Em declaração dada nesta quarta-feira (27), o delegado-titular da Furtos e Roubos, Luis Carlos de Oliveira, chega a incentivar as vítimas de crimes a processarem os bancos.

"As câmeras da agência são obsoletas. Isso é prova de um descaso com a população. Quem sofrer qualquer agressão deveria entrar com uma ação contra os bancos que deveriam dar segurança para seus clientes", declarou o Luis Carlos de Oliveira, que foi ao local do crime, mas repassou o caso para a Delegacia de Homicídios (DH). Todos os policiais da DH envolvidos no caso concordam com a declaração de Oliveira.

O caso em princípio foi atendido pela delegacia especializada em casos de roubos de Curitiba. Mas foi constatado que o autor dos disparos não levou nada da vítima, o que configura crime de homicídio. Junto ao corpo de Rosângela foi encontrado um pacote usado para depósitos em caixas automáticos com R$ 150. Na bolsa da vítima foram encontrados R$ 367 e as chaves do seu carro Ford Fiesta. A família não deu falta de nenhum objeto.

"Pode ter sido um latrocínio mal sucedido", diz o delegado Naylor de Lima, da Delegacia de Homicídios, que agora preside o inquérito. Outra linha de investigação dá conta que se trata de um crime passional. Rosângela havia terminado um namoro recentemente de maneira drástica.

Outro lado

Em nota, a instituição afirma que a "segurança da Rede de Agências do Bradesco atende às normas de segurança estabelecidas pelo Banco Central". "Todas as câmeras de circuito interno antigas estão sendo renovadas por câmeras digitais", promete o banco.

O gerente da agência do Bradesco onde ocorreu o crime disse que não estava autorizado a se pronunciar sobre o caso.

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