O agente de cadeia pública Eliel Schimerski Santos, morto na manhã de domingo durante a fuga de presos da delegacia de Colombo, sonhava se tornar delegado. Ele estava cursando disciplinas do nono e décimo períodos do curso de Direito da Facear e poderia se formar ainda neste ano, segundo a instituição.
"Tudo o que o Eliel fazia era com paixão. Ele sonhava em ser delegado e, por isso, entrou nessa vaga de agente. Queria estar no meio", conta Dailton Schimerski Santos, um dos 11 irmãos de Eliel.
Segundo Dailton, o irmão comentava sobre os riscos que a profissão envolve, mas nunca demonstrou medo. "Em duas ocasiões, ele encontrou ocasionalmente ex-presidiários na rua. Mas ele tratava todos com respeito e um deles chegou a agradecê-lo por isso", diz. Eliel tinha 37 anos e morava com a mãe, dona Francisca, de 80 anos. Ele era solteiro e não deixou filhos. Tornou-se agente de cadeia pública por causa da prima, Adriana Maus, que ocupou a função por 30 dias. "Desisti porque achei perigoso", conta ela.
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