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Agora, é a PF

Policiais federais de todo o país iniciaram ontem uma paralisação por tempo indeterminado. Entenda os motivos da greve e como ela afeta a população:

Quem está em greve

Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal (PF), responsáveis por emissão de passaportes, controle de fronteiras e prisões, investigações e escutas telefônicas.

O que eles querem

Reconhecimento das carreiras como sendo de nível superior, o que aumentaria os salários.

Remuneração básica de R$ 13 mil em cinco anos: hoje, é de R$ 7 mil.

Reconhecimento das atividades: a regulamentação não prevê participação em investigações ou operações policiais, dizem os servidores.

Aumento do efetivo, especialmente de agentes e escrivães.

Saída do diretor-geral da PF, Leandro Daiello. O sindicato pede um diretor de fora da polícia, argumentando que o atual privilegia os delegados.

Impacto na emissão de passaportes

Emissão garantida somente em emergências médicas e viagens a trabalho. No entanto, comando de greve faz análise caso a caso para viagens a turismo que já foram marcadas e pagas.

Impacto em outras áreas

Em Estados como São Paulo, Pará, Minas Gerais e Espírito Santo, além do Distrito Federal, os agentes entregaram suas armas, o que pode prejudicar operações policiais e prisões.

Em alguns Estados haverá operação padrão, ou seja, os policiais irão fazer checagens mais demoradas de passaportes e bagagens, o que pode aumentar as filas. Foi o que ocorreu ontem, em Foz do Iguaçu, na aduana e no Aeroporto das Cataratas. Em São Paulo, está previsto para ocorrer hoje.

Fonte: Folhapress e Redação

Desde o início da manhã desta quarta-feira (8), por causa da greve dos agentes , a Polícia Federal não está emitindo novos passaportes em Curitiba. Somente casos de urgência e emergência, como questões de saúde ou viagens a trabalho, estão sendo atendidos na superintendência do órgão, no bairro Santa Cândida.

Ao longo desta quarta-feira, cerca de 500 passaportes deixarão de ser emitidos. Na terça-feira (7), quando houve atendimento apenas pela manhã, somente 80 documentos foram confeccionados. A retirada de passaportes que já estavam prontos também não está sendo mais feita a partir de hoje, informou o sindicato da categoria.

Segundo os grevistas, as confecções de passaportes que já haviam sido agendadas – e se enquadram nas viagens a trabalho ou questões médicas – serão cumpridas normalmente. Já os novos pedidos, que se enquadrem nas mesmas condições, só poderão ser feitos pelo modelo de passaporte de emergência, que custa o dobro do preço do comum (R$ 312) e tem validade de apenas um ano, ao contrário dos cinco do regular.

Apesar disso, o comando de greve afirmou que analisa caso a caso para conceder os passaportes em caso de viagens a turismo que já tenham sido marcadas e pagas. Para tirar dúvidas se o seu caso é um dos contemplados pelas regras é disponibilizado o telefone (41) 3251-7500.

Os policiais federais que aderiram ao movimento estão reunidos em frente à superintendência, mas não permitem a entrada de nenhuma pessoa. Durante toda a manhã, os agentes conversaram com quem comparecia à superintendência com o horário agendado para confecção do passaporte. "Nós só estamos emitindo o documento em questões de emergência. Outros casos são dispensados", conta Alberto Domingues Jancke, vice-presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Paraná (SINPEF-PR).

Foz do Iguaçu

Na fronteira, em Foz do Iguaçu, e no aeroporto, a operação dos policiais federais em greve continua padrão. O trabalho causa lentidão nesses pontos, porque é feita uma vistoria de todas as pessoas que fazem a travessia ou embarcam em voos internacionais.

Entre as principais reivindicações dos agentes estão: reestruturação do plano de cargos e carreiras; ampliação de efetivo policial, e maior valorização da categoria. Sobre o aspecto salarial, os agentes exigem o piso de R$ 12 mil para os empregados com nível superior completo, já que atualmente as categorias de agentes, escrivães e papiloscopistas – mesmo que formados no ensino superior – partem da remuneração de R$ 7,7 mil.

Delegados federais também cruzam os braços

Os delegados federais também iniciaram nesta manhã uma paralisação para reivindicação de melhorias na condição de trabalho da categoria. Eles pedem que haja a reposição da inflação - de 30%, e a revisão dos salários, que estão defasados há seis anos. "Já fizemos uma reunião hoje cedo, mas precisamos esperar para ver o que o governo irá resolver", explica Gastão Schefer Neto, diretor da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal do Paraná (ADPF-PR). O salário inicial de um delegado federal é de aproximadamente R$ 13 mil, segundo o diretor.

Investigações e movimentação de inquéritos estão paradas. De acordo com o presidente da associação, assim como os agentes, os delegados atenderão somente casos de urgência. "Estamos em greve, mas há situações em que não podemos parar, como prisão feita com porte de drogas", diz. A adesão à greve foi total, com a exceção de Maringá.

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