Mesmo debaixo de chuva, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) participaram, na manhã desta terça-feira (14), de uma manifestação em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, para reivindicar melhores condições salariais e perdas de reajustes calculados dos últimos sete anos. Aproximadamente 100 agentes saíram da sede da PRF em direção à Ponte da Amizade, na fronteira com o Paraguai, caminhando pela BR-277.
Os participantes que estiveram na caminhada vestiam a camiseta Campanha Salarial 2015, movimento nacional da categoria, e carregaram cruzes de madeira, simbolizando as vítimas de acidentes de trânsito e PRFs que foram vítimas fatais decorrentes da atividade profissional.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado do Paraná (SINPRF/PR), Sidnei Nunes, o protesto foi realizado em busca de soluções para as reivindicações da categoria. “Estamos unidos nesta grande mobilização, mostrando a nossa insatisfação e a necessidade da reestruturação da carreira dos PRFs, que realizam um importante trabalho na fronteira e também nas rodovias federais. Caso não tenhamos avanço nas negociações, a possibilidade de uma greve geral não está descartada, com indicativo já aprovado em assembleia geral do Sindicato”, afirmou.
Se a categoria iniciar mesmo a greve, os serviços burocráticos, autuações de trânsito e escoltas deixarão de ser realizados. Apenas os serviços básicos seriam mantidos, como o atendimento a acidentes nas rodovias federais. “As negociações com o governo estão emperradas, a proposta que enviaram é pífia. Estamos aguardando uma nova proposta, caso não seja satisfatória, podemos dar início à greve”, completou Paulo Mileski, vice-presidente do SINPRF/PR.
A mobilização contou com a participação dos PRFs e pensionistas da região, familiares e amigos, e também representantes dos sindicatos estaduais da categoria do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.