Deve ser definida na tarde desta sexta-feira (5) a paralisação das atividades dos agentes penitenciários do Presídio Federal de Catanduvas, no Oeste do Paraná. De acordo com Marcelo Adriano Ferreira, diretor do comando de greve dos agentes penitenciários do presídio, uma assembléia está marcada para as 16h para decidir se a categoria cruza os braços a partir do sábado (6).
A definição dependerá da aceitação ou não de uma proposta realizada pelo Ministério da Justiça na quinta-feira (4). Na ocasião, Ferreira esteve reunido com autoridades da pasta para discutir as reivindicações da classe. "Ficou determinada a criação de um grupo de trabalho, formado por representantes do Ministério da Justiça, Ministério do Planejamento e agentes penitenciários federais", conta. "Esse grupo de trabalho deve discutir medidas que atendam às nossas reivindicações, como emendas à Medida Provisória (MP) 441".
Caso na assembléia os agentes aceitem a criação desse grupo de trabalho, a greve será suspensa, afirma o diretor do comando de greve. Os agentes são contrários aos termos da Medida Provisória (MP) 441, assinada no dia 29 de agosto, que cria o plano de cargos e salários da categoria. O Sindicato dos Agentes Penitenciários Federais de Catanduvas (Sindapef) considera insatisfatório o plano. Segundo Ferreira, não houve participação dos agentes federais na elaboração do texto, que prevê diretrizes para o sistema penitenciário. "Há uma série de erros", diz. "A MP nos coloca subordinados a atividades da Polícia Federal, que não tem relação alguma com o sistema penitenciário", reclama.
O sindicato dos agentes das penitenciárias de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, também ameaçam parar as atividades por tempo indeterminado. Em Catanduvas, a decisão foi deflagrada na terça-feira (2), após uma assembléia.
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