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Campo Mourão – Homens, mulheres e crianças começaram ontem, no assentamento Santo Reis, em Nova Cantu, na região de Campo Mourão, no Centro-Oeste do estado, a cobrir com lonas as residências que tiveram o telhado danificado com a chuva de granizo da última quarta-feira. Além do trabalho na cobertura, os moradores aproveitaram o sol e colocaram para secar roupas, colchões, móveis e aparelhos eletrodomésticos. A chuva de granizo, que começou por volta das 5 horas de quarta-feira, destruiu o telhado de cerca de 40 casas. Outras 50 tiveram as telhas danificadas.

Trabalho árduo

Para a agricultora Marilene Miranda de Assis, 51 anos, que acorda todos os dias às 6 horas para tratar os animais, as tarefas devem sair da rotina nos próximos dias. "O trabalho maior será retirar tudo que molhou, lavar e colocar para secar", diz. Para o marido dela, o agricultor Francisco Lopes de Assis, 60 anos, o trabalho será mais árduo. "Além das telhas da casa, que serão trocadas, ainda tem o telhado do paiol, que foi completamente destruído", diz Francisco. Segundo ele, parte da produção de milho e trigo que estava estocada no paiol será perdida. "Não tem como espalhar no sol o que foi molhado", afirma.

Os estragos no galpão onde seria cultivada amora desanimaram a agricultora Luzia Porcírio dos Santos, 48 anos. "Estava tudo pronto para começar a produção, mas agora não sei quando vamos poder consertar o que foi danificado", lamenta.

Sem ter para onde correr, a agricultora Eloína Sampaio, 33 anos, pegou os seis filhos e tentou se esconder do granizo que destruiu completamente o telhado de sua residência. "Corremos todos para baixo da cama", conta Eloína. Segundo ela, como não houve tempo de esconder roupas e documentos, tudo ficou molhado. "Agora é esperar que o clima colabore para secar o que molhou".

De acordo com a prefeita de Campo Mourão, Elza Rodrigues Oliveira (PMDB), nos próximos dias o município vai buscar recursos em Curitiba para ajudar as famílias que tiveram as casas destruídas pela chuva de granizo.

Araruna

Em Araruna, 21 alunos da escola rural municipal Presidente Castelo Branco, na comunidade Lirial de São Luiz, devem assistir às aulas nos próximos 15 dias em um salão paroquial. Toda a estrutura do telhado ficou comprometida após o temporal. "Já adequamos o salão para que os alunos não percam as aulas", diz a secretária de Educação do município, Silvana Santos Rorato.

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