Mais de um mês após o acidente com o Airbus da Air France, a desembargadora Denise Levy Tredler, do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), condenou, nesta sexta-feira (17), em segunda instância, a Air France a pagar tratamento psicológico e psiquiátrico de viúva e dos três filhos de um empresário que estava no voo 447. Segundo o TJ, ainda cabe recurso.

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Com 228 pessoas a bordo, o Airbus da Air France desapareceu sobre o Oceano Atlântico na noite do último dia 31 no trajeto entre o Rio de Janeiro e Paris. A investigação sobre as causas do acidente ainda está em curso.

De acordo com o TJ-RJ, a desembargadora determinou que a viúva e os três filhos, que dependiam financeiramente do empresário, terão direito a receber, por mês, o valor equivalente à renda líquida da vítima, para custear os tratamentos durante 24 meses. O tribunal não soube dizer o valor exato da indenização.

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Por meio de sua assessoria de imprensa, a Air France informou que só vai se pronunciar quando for notificada oficialmente.

Parentes oficializam associação

Na quarta-feira (15), parentes dos passageiros brasileiros que morreram a bordo do voo 447 da Air France oficializaram a criação da Associação de Parentes de Vítimas do Voo 447, no Rio de Janeiro.

A associação, que começou com o apoio de 12 famílias, já conta com 23 associados, que representam as 42 famílias dos 58 passageiros brasileiros que estavam no voo. As pessoas que estiverem interessadas em compor a associação podem entrar em contato com o grupo pelo e-mail info@afvv447.org.

Antes de criar a associação, os familiares das vítimas já haviam formado uma comissão.

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Ação no Ministério Público

A associação, que tem Nelson Marinho como presidente e Maarten Van Sluys como diretor executivo, pretende entrar com uma ação no Ministério Público e outra na Agência Nacional de Aviação Comercial (Anac), na próxima semana, pedindo para que as autoridades brasileiras acompanhem mais de perto as investigações sobre as causas do acidente.

De acordo com Marinho, as informações repassadas pela Air France para as famílias são cada vez mais escassas e desencontradas. Com a associação, as famílias brasileiras poderão estabelecer um intercâmbio para a troca de informações com outras associações criadas na França e na Alemanha.

"As famílias francesas também estão perdidas", disse o presidente da associação, que voltou recentemente de Paris, onde esteve com parentes das vítimas francesas.

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