| Foto: PAULO WHITAKER/REUTERS

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) lamentou a morte do brigadista Ronaldo Pereira da Cruz durante o incêndio de grandes proporções que atingiu, na tarde desta segunda-feira (21) o Museu da Língua Portuguesa, na Praça da Luz, região central de São Paulo. Alckmin esteve no local no início da noite.

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“Quero transmitir os sentimentos ao Ronaldo Pereira da Cruz, brigadista que perdeu a vida no trabalho, tentando controlar esse incêndio, essa tragédia. Nosso integral apoio à sua família”, disse. O governador afirmou ainda que vai “imediatamente tomar todas a providências para a reconstrução (do Museu da Língua Portuguesa).

Mais de 60 viaturas e 102 homens, segundo Alckmin, foram encaminhadas ao local para combater o fogo, que começou por volta das 16h30. Ainda não há informações sobre as causas do incêndio. A fumaça atingiu a Estação da Luz. Na Rua José Paulino, as lojas que costumam fechar às 19 horas encerraram o dia por volta das 17 horas por causa da fumaça que tomou conta da rua. O Museu da Língua Portuguesa fica fechado às segundas-feiras.

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Por volta das 17h10, os bombeiros informaram que as chamas foram controladas e que o incêndio estava em fase de rescaldo. O teto do museu ficou totalmente destruído e o fogo chegou à torre do relógio. O complexo da Estação da Luz é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Cultura

Em entrevista coletiva, o secretário municipal da Cultura, Nabil Bonduki, disse que um incêndio como o que ocorreu nesta segunda-feira é “devastador para a cultura brasileira”. “Esperamos reconstruir o edifício e recolocar o museu em funcionamento”, afirmou.

Segundo ele, o ocorrido “alerta para a necessidade de ter as condições de segurança adequadas”. Bonduki ainda disse que, só após a saída dos bombeiros, será possível avaliar os estragos provocados pelo fogo. “Pelo que fui informado, o acervo do museu foi preservado”, disse.

O secretário estadual da Cultura, Marcelo Mattos Araújo, também afirmou que a destruição no prédio foi grande. “Todo o acervo é digital, o que permite que ele seja refeito. Nosso compromisso é começar um processo de restauração do museu para que ele seja aberto o mais rápido possível. O prédio foi muito afetado. As instalações da Praça da Língua, do auditório, tudo foi destruído”, disse o secretário Estadual da Cultura, Marcelo Matos Araújo.

“A questão do alvará é complexa porque ele (o Museu da Língua Portuguesa) está inserido em um prédio histórico, compartilhando com outros equipamentos esse mesmo edifício. É um alvará único para esse conjunto, que engloba estação, museu e outras áreas. E na parte do museu não (existe alvará). O que existem são os projetos que foram apresentados pelos bombeiros e foram implantados”, disse Araújo.

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Trânsito

Segundo a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a Estação da Luz foi fechada por motivos de segurança. A CPTM recomenda que os passageiros usem o Metrô. Os usuários da Linha 7 desembarcam na Estação Palmeiras-Barra Funda, que tem integração com a Linha 3-Vermelha do Metrô. Já os passageiros da Linha 11-Coral desembarcam na Estação Brás, que também tem conexão com a Linha 3-Vermelha.

A integração da Estação Luz, da CPTM, para as linhas 1-Azul e 4-Amarela do Metrô está fechada. Os usuários podem sair da estação e pegar um ônibus. Segundo a CPTM, a Estação da Luz será reaberta após autorização dos bombeiros.

Antes

A Estação da Luz de São Paulo foi parcialmente destruída por um incêndio no dia 6 de novembro de 1946. O fogo atingiu boa parte da estação, destruiu os arquivos, documentos e prejudicou a fachada da Avenida Tiradentes. A ala oeste não foi atingida pelas chamas, pois a alta torre da estação – uma réplica da torre Big Ben da abadia londrina de Westminster – serviu de chaminé.