O Litoral do Paraná pode ter ondas fortes e muitos ventos nos próximos dias, inclusive neste fim de semana (19 e 20 de novembro). Alerta emitido pelo Serviço Meteorológico Marinho aponta a formação de ondas entre 4 e 7 metros e ventos que podem variar de 50 a 80 km/h. O aviso foi emitido às 15h30 desta quarta-feira (16) e passa a valer a partir das 6 horas desta sexta (18) até a meia-noite do domingo (20).
Segundo o Simepar, a situação nasce de um sistema de baixa pressão que atua no oceano Atlântico, provocando ventos fortes quase que contínuos e que devem causar agitação marítima – a ressaca – justamente entre o Sul e o Sudeste do país.
“A direção dessas ondas, voltadas para o Sul e Sudeste, é que geram esse alerta de ressaca no Paraná”, pontua o meteorologista do Simepar, Samuel Braun. “O vento fica mais intenso mesmo, mas nada que o pessoal do Litoral nunca tenha visto. Agora, a situação da ressaca é difícil prever até onde vai e o que pode provocar”, completa.
Conforme a Marinha, a previsão engloba o trecho entre o Litoral de Santa Catarina, a partir de Laguna, e São Sebastião, em São Paulo.
Apreensão
Embora seja apenas um alerta, a notícia pode inquietar os ânimos dos moradores das praias paranaenses, que ainda tentam se reerguer de prejuízos deixados por uma forte ressaca registrada na região no fim de outubro.
De acordo com moradores do Litoral, o episódio foi o pior dos últimos 50 anos. A água invadiu casas e estabelecimentos comerciais, danificou móveis e destruiu parte do calçadão do Pico de Matinhos e da Avenida Atlântica. Estragos ocasionados pela ressaca também foram registrados em Guaratuba, Guaraqueçaba, Paranaguá, incluindo a Ilha do Mel. O fenômeno não deixou feridos, mas a estimativa da Defesa Civil é de que 12 mil pessoas tenham sido afetadas diretamente por causa das inundações e prejuízos. Na semana passada, o governo do Paraná decretou situação de emergência em Matinhos e Guaratuba.
Paranaguá também enfrentou um episódio de ressaca em meados de setembro, quando a combinação entre o ciclone que se aproximou da Região Sul e a alta das marés agitou o Litoral do Paraná, mas, principalmente, o de Santa Catarina. No estado vizinho, as principais avenidas de Balneário Camboriú, Florianópolis, Itajaí e Palhoça chegaram a ficar alagadas.