Alunos do curso de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR) ajuizaram nesta sexta-feira (4) uma ação popular que pede, em caráter liminar, a saída dos manifestantes que invadiram o Prédio Histórico da UFPR, na Praça Santos Andrade, na noite da última quinta-feira (3), denunciando a universidade por omissão diante da invasão.
A ação contra a UFPR foi ajuizada na 1ª Vara Federal em Curitiba. Na visão dos alunos, a universidades agiu ilicitamente por omissão ao não pedir a reintegração de posse do prédio de forma imediata à Polícia Federal (PF). Em coletiva nesta sexta-feira, o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, afirmou que prezará pelo diálogo e descartou medidas judiciais de reintegração do prédio da instituição.
O pedido liminar deve ser apreciado pela justiça até a manhã deste sábado (5), de acordo com o advogado Thomé Sabbag Neto, que representa os alunos.
Sabbag Neto afirma que, na liminar, os alunos pedem que sejam adotadas medidas que reforcem a saída dos invasores, seja por força policial, ou por ações que fomentem a saída voluntária dos manifestantes. “Pedimos uma decisão em caráter liminar que fomente a retirada dos manifestantes, seja por corte de luz, água ou que seja impedida a entrada de alimentos, medidas já utilizadas em desocupações de escolas estaduais”, afirmou.
Na visão do defensor, o diálogo proposto pela reitor da Universidade seria improdutivo. “Apesar de salutar e democrático, se percebe que esse diálogo é improdutivo, uma vez que a pauta declarada pelos manifestantes não é da alçada da universidade”, disse.
De acordo com Maiquel Zimann, aluno do quarto ano de Direito da UFPR, a invasão do Prédio Histórico aconteceu sem legitimidade, uma vez que a assembleia que decidiria um possível apoio à greve estudantil e às ocupações na universidade aconteceria na segunda-feira (7).
“Foi feita uma enquete e mais de 300 alunos afirmaram que eram contrários ao movimento e apenas 40 eram a favor. Temendo a confirmação dessa posição contrária, houve uma manobra para invadir o prédio sem legimitidade”, comentou o estudante, que organiza o grupo de alunos que entraram com a ação.
O estudante ainda disse que os alunos do curso se preocupam em terminar o ano, principalmente os que precisam protocolar os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC). “Principalmente para os alunos do quinto ano, é uma prioridade”, completou.
Reitoria afirma que diálogo está evoluindo
Em nota, a Comissão de Negociação da Reitoria, formada nesta sexta-feira com objetivo de buscar uma solução para a invasão do prédio histórico, afirmou que o diálogo com os manifestantes está evoluindo. A reunião realizada durante a tarde foi satisfatória, de acordo com os integrantes da comissão. “O clima [da reunião] foi cordial e altamente satisfatório, sendo que as negociações estão evoluindo a contento para ambas as partes. A continuidade do processo passa por avaliação das propostas apresentantes como resposta às pautas dos estudantes”, diz a nota.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora