Maringá - Estudantes da Uningá desistiram de protestar contra o caso das três jovens de classe alta que cursam Medicina com bolsa integral do ProUni, denunciado pelo programa Fantástico, da Rede Globo. De acordo com o aluno de Fisioterapia Renan Fernandes, os acadêmicos optaram por enviar uma carta à direção, após reunião realizada na noite de segunda-feira. No documento, eles pedirão que a instituição passe a ter um Di­­retório Central dos Estudantes (DCE) e que os envolvidos no caso sejam punidos.

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O protesto estava sendo organizado pela internet na segunda-feira, um dia após a exibição da reportagem. Na manhã de ontem, o 4.º Batalhão de Polícia Militar estava em alerta. Fernandes diz acreditar que o fato de a manifestação não ter se concretizado não fará com que o movimento dos alunos perca força, porque o sentimento de revolta continua. "Na manhã de ontem (segunda-feira) havia estudantes com narizes de palhaço e hoje (ontem) a situação não está diferente", afirma. "Só não queremos que a imagem da instituição e, consequentemente, dos alunos seja manchada", justifica. Ele não descarta a possibilidade de um protesto em breve.

A reportagem que foi ao ar no domingo denunciou que as estudantes Belisa Stival, Camila Colombari Medeiros e Milena Lacerda Colombari cursavam Medicina na Uningá gratuitamente desde 2008, com o benefício do ProUni. Com as bolsas, elas deixaram de pagar quase R$ 300 mil. A mensalidade do curso é de R$ 3,2 mil. Belisa é filha de Ney Stival, di­­retor de ensino da Uningá. Camila é filha de Vânea Colombari, coordenadora de cursos profissionalizantes, e Milena é sobrinha de Vâ­­nea. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Federal, e o MEC informou que as estudantes podem responder na Justiça, além de devolver o dinheiro público.

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