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Alerta aos pais

Alunos são afastados após filmar cena de sexo em banheiro de colégio

Um caso alarmante veio à tona nesta quarta-feira (21) em Curitiba. Um vídeo de sexo entre alunos dentro do banheiro do Colégio Estadual do Paraná (CEP), a maior escola pública do estado, foi parar na internet. Três estudantes, dois rapazes e uma garota de 13 anos, teriam deixado a sala, em horário de aula, para praticar sexo no banheiro.

Um dos estudantes gravou toda a cena e colocou as imagens na internet. O vídeo já foi retirado da rede, mas circulou livremente pelos celulares dos alunos do colégio. O caso virou tema de discussão entre os alunos na comunidade do colégio em um site de relacionamentos.

De acordo com o telejornal ParanáTV 1.ª edição, o assunto está proibido no colégio. Os alunos de todos os períodos estão sendo alertados das consequências da divulgação do vídeo. A direção do colégio informou que os três estudantes estão afastados do colégio, mas cumprindo as atividades escolares em casa.

O caso está sob os cuidados sobre a Delegacia do Adolescente, mas as investigações são sigilosas. Para a Secretaria de Estado da Educação (SEED), casos como este devem ser combatidos com informação. "Nós temos ainda um índice muito alto de gravidez na adolescência, de incidência de doenças sexualmente transmissíveis e tudo isso por uma experiência de sexualidade precoce. Então, a conversa é muito importante para que eles entendam quais são os riscos de atos impensados", disse Alayde Digiovanni, superintendente da Secretaria de Educação.

Para a educadora Lizia Naguel, o problema não está relacionado só com educação sexual. "O problema é de responsabilidade, educação para a cidadania, de respeito pelo próximo", disse a educadora, em entrevista ao telejornal.

Ela conta que situações semelhantes já aconteceram em outros estados. "Não é inédito, não é exclusivo do Paraná e vem crescendo com o silêncio dos educadores, das instituições de educação e do governo", afirmou.

A Secretaria de Educação divulgou nota afirmando que quando recebe notícias envolvendo alunos da rede estadual que estejam em situação de risco, atua para garantir a permanência do aluno na escola. Neste caso, o objetivo do colégio é evitar que os estudantes sofram constrangimento.

"A comunidade escolar também está sendo orientada a continuar os projetos de prevenção à violência e preservação da saúde nos seus diversos níveis, e a apoiar as medidas tomadas pela Administração para o retorno da normalidade no ambiente escolar", explica a nota.

Casos semelhantes

Outros três casos recentes de exposição de imagens na internet tiveram repercussão na mídia. Em São Lourenço, Minas Gerais, um aluno foi condenado por divulgar imagens da relação sexual que teve com uma menor de 15 anos, no carnaval de 2005.

O rapaz recebeu a pena de quatro anos, três meses e 20 dias de prisão pela Vara Criminal e da Infância e da Juventude de São Lourenço, por pornografia infantil (artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente) e pelo crime de ameaça (artigo 147 do Código Penal).

Também em Minas Gerais, um vídeo que mostra uma adolescente de 15 anos mantendo relações sexuais com outro dois menores foi denunciado pela diretora de uma escola estadual, na cidade de Varginha. No dia 16 de agosto, o caso chegou a polícia com a entrega de dois celulares que continham as imagens.

Em 2008, no Rio de Janeiro, estudante de Direito, Mariana Pinheiro Corrêa, 20 anos, montou uma página na internet para explicar o problema que enfrentou em 2006 quando as suas fotos nuas foram parar na internet. O material foi postado pelo namorado depois do rompimento do relacionamento. Mesmo tendo sido atendida pelo site para a retirada das imagens, suas fotos continuam espalhadas pela rede. Por conta disso, Mariana precisou mudar-se de Petrópolis para o Rio de Janeiro.

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