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A professora da rede estadual de São Paulo que foi "colada" em uma cadeira pelos alunos na cidade de Campinas, a 93 quilômetros da capital, já voltou à sala de aula na segunda-feira (22) e agora o Conselho de Pais e a direção do colégio vão decidir que punição será aplicada aos três garotos, com idades entre 12 e 15 anos, que são suspeitos de ter posto a cola de secagem rápida na cadeira.

O caso ocorreu na sexta-feira (19) na Escola Estadual Reverendo Eliseu Narciso. Por enquanto, os estudantes continuam freqüentando as aulas.

O material corroeu a calça jeans da professora, de 28 anos, que teve queimaduras de primeiro grau nas pernas. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, o conselho de pais e a diretoria vão se reunir na sexta-feira (26) para resolver o destino dos estudantes. Eles podem ser advertidos, suspensos ou transferidos de escola.

O caso foi registrado pela polícia e encaminhado à Vara da Infância e da Juventude do município. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), um aluno de 12 anos disse, à polícia, ter derramado a cola na cadeira por não gostar da professora. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência a docente sentou na cadeira para fazer a chamada de alunos quando sentiu uma forte queimação na parte traseira da perna direita. Ela foi socorrida por um funcionário da escola e levada a um posto de saúde da região.

Após ser ouvido pela polícia, o garoto foi liberado mediante um termo de compromisso assinado pelo responsável, segundo a SSP. A polícia solicitou que a professora fizesse exame de corpo de delito.

De acordo com a seccional do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) em Campinas, a entidade ofereceu assessoria jurídica para a docente, mas ela disse, segundo a entidade, que não pretende processar nem o estado nem os pais dos alunos. "O problema da violência na escola é muito grave e precisa ser combatido", afirmou o diretor estadual da Apeoesp por Campinas, Paulo Alves Pereira.

A entidade realizou uma pesquisa em junho deste ano com 580 professores associados da regional de Campinas e descobriu que um em cada quatro docentes já sofreu agressão física provocada por alunos. Outros 242 dos entrevistados já haviam tido episódio de agressão verbal e 135 de danos ao patrimônio como carros arranhados, pneus furados e telefones celulares quebrados por estudantes.

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