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Desaparecida nos EUA

Amiga de estudante faz retrato falado de suspeito

A brasiliense Maria Eduarda Ribeiro, conhecida como Duda, que dividia o apartamento com a universitária paranaense Carla Vicentini, de 22 anos – que está há 15 dias desaparecida nos Estados Unidos, prestou depoimento nesta quinta-feira (23).

Ela chegou por volta das 12 horas, horário de Brasília, na delegacia de polícia americana de Newark e ajudou os investigadores a fazerem o retrato falado do americano que foi visto conversando e dando carona à estudante no dia em que ela desapareceu.

Minutos antes de sair de casa, Duda disse por telefone que não conhece o rapaz que saiu com Carla do bar, local onde a brasiliense trabalha. "Ele deve ter uns 30 anos. Eu nunca tinha visto ele. Ele é meio estranho, muito introvertido", contou.

Na quarta-feira, policiais foram até o bar onde Carla foi vista pela última vez e conseguiram com o dono do estabelecimento as fitas do circuito interno do bar. Segundo a mãe da paranaense, Tânia Vicentini, as imagens estavam editadas e mostravam apenas os funcionários do bar. "É impossível não aparecer a minha filha. A polícia disse que se uma mosca entrasse no bar, as câmeras captavam. Esse cara (dono do bar) está mentindo e escondendo alguma coisa", acredita. A fita era a grande esperança da família em conseguir alguma pista sobre o sumiço de Carla.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, Aroldo Cedraz (PFL-BA), disse na quarta-feira ao jornal carioca 'O Dia', que vai cobrar uma posição do Itamaraty e da representação diplomática dos EUA no Brasil sobre as investigações.

Desaparecimento A universitária Carla Vicentini embarcou no início de janeiro para os Estados Unidos, por meio do programa de intercâmbio da agência World Study Educação Intercultural, com o objetivo de trabalhar e estudar inglês.

Em Dover, New Jérsei, Carla trabalhou por duas semanas em uma rede de lanchonetes, mas se mudou, sem avisar a agência contratada para levá-la aos EUA, para a cidade de Newark – a oito quilômetros de Manhattan - para morar com a brasiliense que ela conheceu durante o vôo.

Na quinta-feira (18), Carla foi vista pela última vez conversando com um americano em um clube, local de trabalho de Duda. "Fui à única vez que vi e conversei com ele", disse Duda, sem comentar o que falou com o americano.

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