Um teste que detecta quase instantaneamente a presença do zika no organismo teve registro concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), conforme publicado nesta segunda-feira (15), no Diário Oficial da União. De acordo com a fabricante, a empresa canadense Biocan Diagnostics INC, o resultado desse exame é conhecido em 10 minutos após a aplicação.
Especialmente voltado à triagem rápida de pacientes, o teste demonstra se o sangue contém os anticorpos IgG - caso positivo, é possível concluir que a pessoa teve a doença, ainda que o vírus já tenha sido eliminado. O exame também identifica os anticorpos IgM, que sinalizam a fase aguda da doença.
Esse é o quarto produto autorizado pela Anvisa para o diagnóstico da zika e o terceiro capaz de, mesmo após a eliminação do vírus, concluir se o paciente foi infectado. O teste utiliza como suporte uma membrana de nitrocelulose em que os anticorpos são capturados e revelados por meio de uma rápida reação química, sem a necessidade de equipamentos especiais ou instrumentos laboratoriais.
Hoje, a zika pode ser diagnosticada por meio do teste PCR, que detecta o código genético do vírus. Porém, o exame só funciona enquanto persistem os sintomas, o que pode levar até uma semana.
Em nota, a Biocan afirma que está “satisfeita em anunciar” a aprovação do exame pelo órgão brasileiro. “Esperamos que esse teste possa ajudar a situação atual no Brasil, pois agora pacientes podem ser diagnosticados rapidamente em minutos, sob um custo muito razoável”. A empresa não informa o valor do produto nem quando passará a comercializar para o país.
A Embrapa está em fase final de testes toxicológicos da nova geração de um bioinseticida capaz de matar as larvas do mosquito Aedes aegypti - transmissor de dengue, febre chikungunya e zika. Segundo o Ministério da Agricultura, essa tecnologia não prejudica a saúde de pessoas, nem de animais. O produto, chamado Inova-Bti, foi desenvolvido em parceria com o Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMA).
Quando finalizado, o Inova-Bti virá na forma líquida e poderá ser adicionado em qualquer lugar que acumule água ou tenha potencial para ser um criadouro do Aedes aegypti. Ele não afetará o mosquito adulto, apenas as larvas. Depois dos testes finais, o produto ainda precisa ser registrado junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com o ministério, o Instituto Mato-Grossense do Algodão tem capacidade para produzir 1.600 litros de Inova-Bti por semana, assim que obter o registro pela Anvisa. “A recomendação é que cada família utilize um frasco de 30 ml. Por isso estima-se que cerca de 53 mil residências possam ser atendidas por semana”, disse o ministério por meio de nota.
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