Representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde se reúnem, no próximo dia 11, com integrantes da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica na tentativa de aprovar um protocolo de atendimento para brasileiras que utilizam a prótese mamária da marca francesa PIP (Poly Implants Protheses).
Em dezembro, o governo francês recomendou a retirada dos implantes porque eles apresentam maior risco de romper ou vazar. Ontem (2), foi publicado no Diário Oficial da União o cancelamento do registro das próteses mamárias PIP no Brasil. Segundo a Anvisa, a decisão teve como base resultados de testes divulgados pela autoridade sanitária francesa que indicaram a presença de um tipo de silicone diferente do que havia sido autorizado para a produção das próteses.
O diretor adjunto da agência, Luiz Roberto Klassmann, explicou que a situação atual, para brasileiras que possuem a próteses da marca francesa, não é de risco imediato. "Não temos intoxicações agudas ou outros tipo de manifestação aguda acontecendo. Por isso, estamos chamando a sociedade médica para conversar e ver quais os protocolos que podem ser adotados a partir dos dados que nós temos", disse.
De acordo com Klassmann, a ideia é padronizar, por exemplo, exames clínicos indicados para pacientes com a próteses PIP. Segundo ele, a orientação para essas mulheres no momento é procurar o serviço de saúde onde foi feita a cirurgia plástica e fazer uma avaliação da situação da prótese.
"Também solicitamos que os médicos façam uma busca ativa, a partir dos seus prontuários, e entrem em contato com as mulheres", ressaltou. O diretor adjunto da Anvisa informou que o órgão já registrou notificações de ruptura de próteses, entre outros problemas, mas não há confirmação de que se trata mesmo da marca francesa.
"Estamos em contato diário com a agência francesa de vigilância sanitária. Existe uma indicação [de câncer de mama associado às próteses PIP] que está sendo ainda estudada. Não é um assunto que deva levar pânico à população portadora da prótese. A nossa informação tem que ser no sentido de que estamos atentos ao assunto e trabalhando tecnicamente na proteção dos interesses da população brasileira", destacou Klassmann.
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