Brasília Apesar do caos aéreo deflagrado com a paralisação dos controladores de vôo, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), manteve-se ontem irredutível na decisão de não instalar a CPI do Apagão Aéreo.
Para isso, reafirmou um argumento técnico: a CPI não pode começar sem uma decisão do Supremo sobre sua legalidade, que pode ainda demorar um mês para sair. Os Democratas (ex-PFL) prometeram manter a obstrução das votações de interesse do governo.
Mas a intensificação do caos aéreo nos últimos dias começou a dobrar a resistência dos parlamentares do PT em relação ao pedido de abertura da CPI. O deputado petista Assis Miguel do Couto (PR) ocupou a tribuna da Câmara para afirmar que era a favor do funacionamento da CPI e que os parlamentares podem dar uma colaboração importante para o governo solucionar o problema dos aeroportos brasileiros. Foi a primeira manifestação pública de um parlamentar do PT a favor da abertura da CPI. O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, disse que pretende enviar já na próxima semana um parecer para o STF sugerindo que seja determinada a criação da CPI.
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