Sem paciência para esperar o cumprimento da decisão judicial que determinou à Urbanização de Curitiba (Urbs) e à Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) a instalação de banheiros nas estações-tubo de Curitiba e Região Metropolitana, motoristas e cobradores construíram com as próprias mãos um banheiro no tubo Arroio Cercado, localizado na Rua Ricardo Gasparian Machado, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba.
Feita de alvenaria, a obra foi realizada de sábado (5) a segunda (7) e teve o custo total de R$ 3.500, custo que foi bancado pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc).
A assessoria de imprensa da entidade admite que a obra é ilegal do ponto de vista jurídico, uma vez que não há nenhuma autorização da Prefeitura de Curitiba para a sua realização. Mas o sindicato alega que o banheiro foi construído para servir de “exemplo” à Urbs e à Comec e demonstra que a construção dos lavatórios nas estações pode ser feita de maneira rápida. Essa é uma reivindicação antiga da categoria e não há previsão de que outras obras como essa sejam realizadas na capital ou na RMC.
O Sindimoc afirma que a construção teve o acompanhamento de um engenheiro, mas não soube informar o nome ou número do registro do profissional.
Posicionamento da Urbs e da Comec
Segundo nota enviada pela assessoria da Urbs à Gazeta do Povo, o órgão afirmou que a prefeitura está avaliando que medidas poderão ser tomadas em relação à construção de um banheiro próximo à Estação-Tubo Arroio Cercado. Ainda, o órgão já teria notificado as empresas de transporte da capital e RMC para que banheiros químicos sejam implantados o mais rápido possível nas estações, uma vez que o custo estaria embutido na tarifa técnica.
A respeito da decisão judicial, o órgão apresentou embargos de declaração para esclarecer pontos da sentença e aguarda manifestação da Justiça.
Já a Comec afirmou, também por meio de nota, que estão sendo tomadas providências para atender às exigências judiciais, sem maiores especificações.
Colaborou: Mariana Balan