O chefe de gabinete da Prefeitura de Curitiba, Ezequias Moreira Rodrigues, pediu afastamento do cargo na tarde desta quinta-feira (16). A saída de Rodrigues se dá após denúncias de que a sogra dele, Verônica Durau, era uma funcionária fantasma da Assembléia Legislativa do Paraná.
No lugar de Rodrigues, assume o advogado José Carlos Campos Hidalgo, que vinha exercendo a função de diretor de Governo, da Secretaria do Governo Municipal.
Numa entrevista dada à reportagem da Gazeta do Povo, Verônica Durau afirmou que nunca trabalhou na Assembléia Legislativa. A denúncia enviada ao Ministério Público informa que ela seria uma "laranja" de Ezequias, pois teria recebido, ao menos durante 2002 e 2003, salário na mesma conta que Ezequias recebia seu salário.
A denúncia ainda aponta que, no contra-cheque de Verônica, ela estava lotada no gabinete de Beto Richa, que não é mais deputado desde 2000. Na sexta-feira (10), depois que a denúncia foi publicada pela Gazeta do Povo, Verônica pediu exoneração do cargo.
Na quarta-feira, seis dias depois da denúncia sobre o caso da "sogra fantasma", Richa comentou o assunto. Disse que está sendo vítima de "armação" política e que iria esperar a conclusão dos trabalhos da sindicância instaurada na Assembléia Legislativa para decidir se iria manter Ezequias no cargo, entretanto, o assessor se antecipou e pediu o afastamento.