Após desfecho, família deixa Curitiba

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A família do piloto José Mello Viana, 51 anos, está sendo mantida isolada mesmo após o desfecho do seqüestro. Irmãos, cunhada e a mãe ainda não tinham conversado com ele até o final da tarde de ontem. O isolamento é uma orientação da polícia, conforme informou um dos cinco irmãos de José – o presidente do Partido Verde (PV), Antônio Jorge Mello Viana, candidato à prefeitura de Curitiba nas últimas eleições. "Desde ontem à tarde que não falo como ele (o piloto). Cada um está com um pouco de receio também. O fato de eles não estarem aqui é um espelho deste isolamento que está ocorrendo", afirmou.

O presidente do PV conta que conversou com o irmão nos primeiros dias do seqüestro, mas não falaram sobre os detalhes do crime. "Não chegamos a ficar sozinhos neste tempo. Eu não tenho noção do todo. Tenho apenas informações de parte das coisas que aconteceram". Ele revela que a família está muito abalada e a própria mãe deles chegou a ser alvo dos seqüestradores. "Eles queriam pegar ela, mas não conseguiram", disse, sem revelar o nome da mãe.

Mello Viana conta ainda que os membros da família jamais pensaram que poderiam ser vítimas de seqüestro. "Foi um comentário geral de todos. A gente nunca imaginou que isto poderia ocorrer, mas agora temos de pensar o que fazer da vida daqui pra frente", avaliou. Ele ainda fez questão de elogiar o trabalho feito pela polícia. "A família foi totalmente amparada pelo poder público que graças a Deus funcionou neste caso", disse.

Piloto

José Mello Viana é piloto há 25 anos, mora em Curitiba e tem uma empresa de táxi aéreo em Itapema, no litoral de Santa Catarina. Fora da temporada, o helicóptero dele fica no hangar da empresa Helisul, no aeroporto Bacacheri, em Curitiba. Na semana passada, a aeronave passava por uma revisão e estava parcialmente desmontada no pátio da empresa.

O piloto é casado com Heloísa e tem duas filhas. A mais velha é arquiteta, tem 25 anos e mora em São Paulo. A mais nova, de 11 anos, foi uma das vítimas dos seqüestradores. Após o desfecho do seqüestro a família deixou a capital paranaense. O irmão do piloto disse que José Viana era trabalhador e uma pessoa muito tranqüila. "De todos os irmãos ele era o mais calmo", disse.