Desde domingo passado, Marcia Eleandra Oleskovicz é, indiretamente, a primeira-dama "eleita" de Curitiba. Jornalista formada pela PUCPR em 2000, a mulher do prefeito eleito Gustavo Fruet nasceu em 2 de dezembro de 1976, em Curitiba. Caçula, tem duas irmãs, Dirley (economista) e Sonia (designer). Filha de Antonio Oleskovicz, aposentado da Copel, e Maria Huk Oleskovicz, dona de casa que já deu aulas de tricô e crochê e foi costureira por muitos anos para ajudar a família.
Marcia e Gustavo se conheceram em Brasília. Ele, deputado federal, ela, coordenadora de comunicação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Antes de se mudar para lá, em 2004, fez diversos estágios na área de arquitetura enquanto estudava no antigo Cefet, onde formou-se técnica em Edificações. Mesmo antes de entrar no curso de Jornalismo, trabalhou no jornal Indústria & Comércio, como digitadora e depois como revisora de textos. Concluída a universidade, foi para São Paulo em 2001, onde atuou como assessora de imprensa de empresas multinacionais. Voltou para Curitiba em 2003, quando foi assessora de imprensa da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Urbano. De volta a Curitiba, em definitivo, já vivendo com Fruet, trabalhou na Federação das Indústrias do Paraná, de março de 2011 a março de 2012, como redatora. Ainda em meio à poeira levantada pela vitória do marido no segundo turno, ela conversou com a coluna.
Qual foi seu papel na campanha?
Visitei bairros, vilas e comunidades, todos os dias, ouvindo as pessoas e trazendo demandas para o plano de governo. Coordenei o comitê feminino com mais de 70 voluntárias, das mais diferentes áreas, e o comitê de proteção animal. Também ajudei bastante nas redes sociais.
Vocês se casaram em plena campanha, sem direito a lua de mel. E agora?
São nove anos de relacionamento. O casamento marcou esta data, mesmo que discretamente. Na correria da campanha, não pensamos na lua de mel, o foco era todo na eleição. Agora, estou brigando por isso. O Gustavo precisa viajar, nem que seja para dormir (risos). Ele está precisando. Se ficar aqui, não descansa.
Vocês já viajaram bastante juntos. Qual passeio marcou mais?
A Itália. Visitamos uma cidadezinha, Nove, perto de Veneza, onde o Gustavo tem parentes, tios-avôs e primos. Foi uma delícia!
Você acha que a rotina do casal vai mudar muito após a posse?
Em casa, não. Eu saio para passear com os dois cachorros de manhã, antes de ir trabalhar. Ele vai continuar fazendo café (risos). Não temos empregada, só faxineira. Em casa a gente faz tudo. Vamos continuar assim.
Soube que quem faz o café na casa de vocês é o Gustavo. Após a eleição, ele deu uma entrevista comentando que no dia seguinte teria que ir ao mercado. É assim mesmo?
(Risos) Espera, eu não passo café e não cozinho, mas tenho, sim, funções em casa. Nós vamos juntos ao mercado. E tem um bom motivo para eu não cozinhar. A dona Ivete (mãe de Gustavo Fruet) cozinha tão bem que não me atrevo a competir com ela.
Você esteve ao lado do Gustavo na campanha o tempo todo. Se interessa por política ou foi por companheirismo?
Sempre me interessei por política, mesmo que nunca houvesse atuado tão fortemente na campanha. Em todo esse tempo ao lado do Gustavo, acompanhando suas lutas, observando sua postura, não há como ficar à parte, não se envolver.
Para você, qual é o papel da primeira-dama?
Brinco que quero ser "única dama" (risos)! Há alguns anos, o papel da primeira-dama tem avançado o limite do figurativo. É preciso ter uma nova postura. E, assim como em qualquer outra atividade, o companheirismo e a parceria no enfrentamento dos desafios devem ser constantes.
Quais os desafios de uma primeira-dama de Curitiba?
Os desafios não são diferentes ou isolados das outras áreas da administração municipal. É preciso ter capacidade de diálogo e articulação. Fomentar, dar estrutura e atenção ao desenvolvimento da cidade, nos seus diversos setores, com qualidade de vida. Sempre com o foco na pessoa, com olhos para o futuro.
Você vai assumir a presidência da FAS (Fundação de Ação Social)?
Ainda não está nada definido.
Você é daquelas mulheres que têm pavor de rato, que sobem na cadeira e gritam?
(Risos) Nasci e cresci no Bairro Alto. Até a faculdade, estudei toda a minha vida em escola pública. Brinquei na rua, ralei joelho, caí de árvore. Estudo e trabalho desde a adolescência, tudo com muita coragem, qualidade que me orgulho e conservo com grande zelo.
Colaborou: Bia Moraes
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião