Yared fala com jornalistas após o encontro com o presidente do STF| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo/

A deputada federal Christiane Yared (PTN) se reúne com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, na tarde desta sexta-feira (15), em Curitiba. O magistrado visita a capital paranaense para receber uma homenagem do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) e foi o responsável pela liminar que suspendeu o júri popular do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho, acusado pela morte de dois jovens em um acidente automobilístico em 2009, sendo um deles o filho de Yared, Gilmar de Souza Yared, e o outro Carlos Murilo de Almeida.

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Após encontro com Lewandowski, Yared diz que espera que júri ocorra até abril

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O encontro foi intermediado pela assessoria do ministro, após a deputada ter manifestado indignação com a decisão e que procuraria falar com ele ainda nesta sexta-feira. Ela informou que quer entender os motivos para a liminar concedida pelo presidente do STF na última quarta-feira (13).

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Yared e Lewandowski conversam em uma sala do Palácio de Justiça, que fica no Centro Cívico. Na quinta-feira (16), dia em que a suspensão do julgamento foi confirmada à imprensa e às partes, a deputada chegou a dizer que faria “um pedido” ao presidente do STF, que está na capital para receber a Comenda do Mérito Judiciário, concedida pelo TJ-PR, e para participar da inauguração do Centro de Audiências de Custódia de Curitiba.

O ministro se reuniu com Yared antes da homenagem no tribunal paranaense. A assessoria de Lewandowski confirmou que ele concederá uma rápida entrevista coletiva após a cerimônia no TJ-PR.

Suspensão do júri

A decisão do ministro foi tomada dentro de um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do ex-parlamentar, porque ainda há dois recursos que ainda não foram julgados – um no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e outro no próprio STF. Esses recursos sustentam que o caso se trata de um acidente de trânsito e que, por isso, Carli Filho deveria ser julgado por duplo homicídio culposo – sem a intenção de matar. Dessa forma, o réu não iria a júri popular.

O caso

O ex-deputado estadual é acusado de ter matado dois jovens – Gilmar de Souza Yared e de Carlos Murilo de Almeida – em um acidente de trânsito em 2009, em Curitiba. Ele responde pelo crime de homicídio doloso eventual. Na época, um exame no hospital onde foi atendido mostrou que Carli Filho tinha 7,8 decigramas de álcool por litro de sangue do ex-deputado. Como o exame foi feito enquanto ele estava desacordado, já está desconsiderado pela Justiça.

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Em fevereiro de 2014, a 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) encontrou mais uma vez indícios de que Carli Filho assumiu o risco de matar ao dirigir em alta velocidade e depois de ingerir bebida alcoólica, e confirmou o júri popular. Posteriormente, o procedimento foi marcado para 21 e 22 de janeiro deste ano.