Após três gerações de devoção, família constrói capela para o frei

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A família Barbosa Burigo, de Piraí do Sul, acompanha a história de frei Galvão há pelo menos 50 anos. São três gerações de uma devoção que, no ano passado, deu origem à construção de uma capela dedicada ao beato. Erguida ao lado da casa, ela está num terreno particular, mas é aberta a toda a população. Walter Burigo, o dono da casa, diz que o local fica aberto até a meia-noite e recebe a visita de moradores da comunidade. Dentro da capela, frei Galvão divide espaço com várias outras imagens, entre as quais a de Nossa Senhora das Brotas.

O que sustenta a fé e a devoção ao longo de cinco décadas, explica a professora Beatriz Barbosa Burigo, são as inúmeras graças recebidas. A história mais comovente, destaca, está relacionada a uma das netas. Em abril de 2003, quando voltavam de uma viajem a Santa Catarina, a família sofreu um acidente de carro e Leandra Maria Burigo dos Santos, na época com 3 anos, foi jogada para fora do veículo e caiu no asfalto. "Ninguém acredita, nem os mesmo os médicos que atenderam a menina, mas ela precisou apenas de um band-aid (pequeno curativo)", conta o avô Walter.

Beatriz acredita no alegado poder de cura das conhecidas "pílulas milagrosas" de frei Galvão. A combinação de novenas e a ingestão das pílulas (pequenos pedaços de papel com a inscrição "Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta. Mãe de Deus, intercede por nós") se tornaram tradição entre os devotos. As pílulas, distribuídas pelo frei, são encontradas ainda hoje no Mosteiro de Luz. A expectativa é de que a canonização do beato aconteça durante a visita do papa Bento 16 ao Brasil, em maio do ano que vem. (GF.)