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Após um mês de protesto, alunos iniciam desocupação da UFPR

Estudantes protestam neste sábado (26). | Pedro Serápio/Gazeta do Povo
Estudantes protestam neste sábado (26). (Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo)

Estudantes estão deixando prédios da Universidade Federal do Paraná (UFPR) ocupados durante o último mês em protesto à PEC 55 e à reforma do Ensino Médio. Os espaços estão sendo desocupados desde sexta-feira (25) à noite após um pedido de reintegração de posse da Justiça Federal. Depois de receberem a ordem judicial, os alunos realizaram uma assembleia interna para definir o que seria feito e optaram pela desocupação.

Segundo o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, a notificação prevê a desocupação imediata dos prédios, sob multa de R$ 500 por hora, em caso de atraso. Ainda de acordo com ele, uma escala de desocupação foi estabelecida para que seja feita a limpeza e a vistoria dos câmpus.

Até agora, os alunos já deixaram a Reitoria, o prédio do Departamento de Educação Física e o Prédio de Saúde, no Jardim Botânico, em Curitiba.

Retorno das aulas

O reitor acrescenta que, já nesta segunda-feira (28), as atividades na universidade deverão voltar ao normal. Ao longo da semana, o Conselho Universitário (Coun) se reunirá para definir o calendário de reposição de aulas.

Manifestação dos alunos

Flores, faixas e cartazes em reforço às principais pautas da ocupação marcaram o fim do protesto dos estudantes na Reitoria da Federal, durante a divulgação de um manifesto coletivo na tarde deste sábado (26). No documento, lido em voz alta por representantes do grupo, os alunos lamentaram sua saída e reforçaram que continuarão se opondo em conjunto à PEC 55 e à Medida Provisória 746, que prevê alterações no Ensino Médio.

Na nota, os estudantes disseram ter enfrentado dificuldades de negociar com o reitor, embora contassem com o apoio do Conselho Universitário (Coun). O texto foi publicado na integra na página Ocupa UFPR.

Servidores

Apesar do fim das ocupações, a greve dos servidores da UFPR, motivada por pautas comuns às dos alunos, segue por tempo indeterminado. A paralisação começou no dia 24 de outubro e também se opõe a reformas, como a Trabalhista e a da Previdência.

O Sinditest, que responde pela categoria e aprovou em assembleia o apoio irrestrito ao movimento dos universitários, lamentou o fim das ocupações e informou que a greve na UFPR continuará pelas próximas semanas.

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