Os estudantes secundaristas que ocupavam o Colégio Estadual do Paraná (CEP) desde 6 de outubro deixaram o local na noite desta segunda-feira (7), após um mês e um dia de ocupação. Os oficiais de justiça cumpriram a reintegração de posse no início da noite. Por volta das 20h55, a grande maioria dos estudantes já tinha deixado o prédio. Quatro alunos permaneceram no local para acompanhar as autoridades na vistoria das dependências do CEP – prática que está sendo repetida em todas as desocupações.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PR, Alexandre Salomão, acompanhou a avaliação feita no CEP e disse que não foram constatados danos ao patrimônio público e que a saída dos estudantes foi pacífica.
Cerca de 50 alunos estavam na escola quando a desocupação começou. Representantes do próprio colégio, do Conselho Tutelar e das Comissões de Direitos Humanos e Criança e do Adolescente da OAB-PR acompanharam a liberação do prédio. Policiais militares permaneceram do lado de fora da instituição, acompanhando a desocupação.
Salomão afirmou que o diálogo com os estudantes do CEP começou ao meio-dia. “O diálogo começou cedo, para que tudo fosse realizado de forma pacífica. Com diálogo, os alunos passam a entender a necessidade de desocupar os colégios e as consequências de não cumprir a ordem”, disse. Em Curitiba, a multa estipulada quando a ordem não é cumprida é de R$ 10 mil.
Há também, de acordo com Salomão, uma cláusula que impede novas ocupações nos colégios desocupados por ordem judicial. Sendo assim, os alunos não podem voltar a ocupar as instituições.
Na página da Ocupação do Facebook, os estudantes deixaram uma carta, que chamaram de “Manifesto da Desocupação”. No texto, os alunos afirmam que devem continuar se manifestando. “Essa luta ainda não acabou, as ocupações foram só um aperitivo”, diz a carta, afirmando que os estudantes aguardam os colegas para o retorno às aulas.
Desocupações
Após os alunos terem rejeitado um acordo intermediado pelo Ministério Público (MP-PR) em 28 de outubro, a Justiça determinou a reintegração da escola. Com a decisão, o governo do Paraná havia dito que esperava que a desocupação ocorresse nesta semana. O procurador-geral do Paraná, Paulo Rosso, chegou a afirmar que, “com a reintegração de posse, no caso do CEP, eles [os alunos] vão ter que deixar [o prédio] por bem ou por mal”.
O CEP é a maior escola secundarista do estado e se tornou um dos símbolos para o movimento de ocupações, chamado pelos alunos de “Primavera Estudantil”. Após a reintegração do CEP, a expectativa do Executivo é de que outras escolas também sejam desocupadas, sem resistência.
Levantamentos da Procuradoria-Geral do Estado e da Secretaria de Estado da Educação (Seed) apontavam que 55 colégios continuavam tomados na tarde desta segunda-feira (7), entre eles, o CEP. O número agora é de 54. No auge da mobilização, 831 chegaram a ser ocupadas.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora