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A Assembléia Legislativa aprovou na segunda-feira (16), por 29 votos a 12, a regulamentação da lei que cria a aposentadoria especial para os deputados estaduais. Apesar da aprovação, às vésperas do início do recesso parlamentar, o Legislativo não revelou quanto vai custar aos cofres públicos o sistema de previdência suplementar dos parlamentares, que vai garantir aos deputados uma aposentadoria de R$ 10,2 mil (ou 85% do salário).

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Durante a derrubada do veto do governador Roberto Requião (PMDB) ao projeto, há duas semanas, a presidência da Casa anunciou que seriam investidos R$ 13,9 milhões, agora, para capitalizar o fundo previdenciário, e mais R$ 13,9 milhões divididos em 168 vezes (14 anos).

Na votação desta segunda, no entanto, o discurso mudou. A regulamentação da lei não define o volume de dinheiro público que deverá ser injetado no plano. O projeto fica mais nebuloso ainda se for considerado que a Assembléia reservou, no orçamento deste ano, R$ 35 milhões para destinar ao fundo.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Durval Amaral (DEM), afirmou que é impossível falar em valores sem saber o número de deputados que vão aderir ao plano, quantos mandatos têm cada um, idade, número de dependentes e contribuições anteriores à previdência social. "A Assembléia vai fazer o aporte, mas o projeto não estipula valores. Esse é um cálculo que será apresentado à Secretaria da Previdência Social para ser homologado", disse. "As contas são complicadíssimas e qualquer valor anunciado agora seria um chute."

Na nova versão apresentada pela direção da Assembléia, também não foi definido que o investimento inicial será de R$ 13,9 milhões, como havia sido anunciado antes da aprovação do projeto. O dinheiro seria revertido ao fundo como forma de compensar o período de 1991 a 2001, em que a Assembléia deixou de recolher contribuições para os deputados junto ao INSS.

Em vez de pagar o INSS, a idéia é depositar o dinheiro no novo fundo. Segundo Durval Amaral, a operação é legal porque os deputados estaduais não são obrigados a recolher para o INSS.

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