A Araupel informou na tarde desta segunda-feira (6) que a nova ocupação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) em suas terras em Quedas do Iguaçu, Centro-Sul do Paraná, atingiu 9 mil hectares de uma das áreas mais produtivas da empresa, onde estão árvores prontas para o corte. A invasão ocorreu durante a madrugada e os trabalhadores da empresa estão sem acesso ao local.
Ainda de acordo com a Araupel, o Projeto 4, local da invasão, também é conhecido como “Pousada”, por abrigar uma área de lazer onde os cerca de 1,2 mil empregados da empresa costumam realizar confraternizações. No local há churrasqueiras, chuveiros, água potável, banheiros, cozinha e alojamento. A empresa teme que a estrutura seja depredada.
Desde a ocupação realizada em julho do ano passado, a Araupel alega ter acumulado prejuízos de R$ 9 milhões, além de ter 1,427 hectares de área destruída. A empresa disse ter filmado nesta segunda-feira um grupo de 150 sem-terra destruindo uma floresta jovem, que seria o abastecimento da indústria no futuro. Eles estariam usando motosserras, foices e machados para promover o desmatamento.
O MST não se pronunciou oficialmente sobre a nova ocupação, mas um dos líderes do acampamento Herdeiros da Terra de 1.º de Maio classificou a ação como “um sucesso”. Ele disse que o grupo vai permanecer na área e que pretende transformá-la em um novo acampamento. Os sem-terra evocam uma decisão da Justiça Federal em Cascavel que sentenciou que a Araupel não é dona das terras da Fazenda Rio das Cobras para promover a ocupação. A sentença, no entanto, perdeu sua eficácia a partir do momento em que a empresa recorreu ao TRF (Tribunal Regional Federal) da 4.ª Região.
A Araupel, uma das maiores exportadoras brasileira de molduras, painéis e componentes para móveis, teve 52 mil hectares de terras desapropriados para assentamentos nos últimos anos. É nas antigas terras da empresa em Rio Bonito do Iguaçu que estão instalados os assentamentos Ireno Alves e Marcos Freire. Em Quedas do Iguaçu está localizado outro assentamento, o Celso Furtado.
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