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Violência

Assalto com reféns termina com policial e bandidos mortos em São José dos Pinhais

Local  foi cercado pela PM | Giuliano Gomes/Tribuna do Paraná
Local foi cercado pela PM (Foto: Giuliano Gomes/Tribuna do Paraná)

Um policial militar e um assaltante morreram, na manhã desta sexta-feira (27), depois de um tiroteio ocorrido em pleno Centro de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Uma equipe da Policia Militar (PM) havia sido acionada para conter um assalto a uma loja autorizada da Sky, localizada na Avenida Rui Barbosa, mas os bandidos reagiram a tiros. Cerca de dez funcionários foram feitos reféns por cerca de uma hora, presos em uma sala onde funciona o almoxarifado. Três suspeitos teriam fugido e a polícia faz buscas por eles.

De acordo com a PM, pouco antes das 8 horas, quatro homens armados invadiram o ponto comercial e anunciaram o assalto. Um dos funcionários feitos reféns disse que a intenção do grupo era levar o dinheiro de um cofre que o dono da loja manteria dentro de casa, que fica ao lado do estabelecimento. Assim que os trabalhadores foram levados ao almoxarifado, um deles conseguiu avisar a esposa pelo WhatsApp sobre a ocorrência e ela, por sua vez, acionou a polícia.

Quando a polícia chegou ao local, iniciou-se uma troca de tiros. Um dos policiais foi atingido por um tiro no pescoço, chegou a ser encaminhado ao Hospital de São José dos Pinhais e não resistiu ao ferimento. Ele foi identificado como Cleverson dos Santos, de 40 anos. Ele era soldado das Rondas Ostensivas de Naturezas Especiais (Rone). Ele havia ingressado na PM em 2008, vivia em união estável e deixa dois filhos, de quatro e 14 anos de idade.

Além dele, um policial foi atingido no pé, mas não corre risco de morrer.

Um dos assaltantes foi atingido e morreu dentro da loja. Os outros três conseguiram fugir e até as o início da tarde desta sexta-feira, nenhum deles havia sido capturado. A região chegou a ser completamente cercada pela PM e equipes de elite foram destacadas para negociar com assaltantes.

Mário Rodrigues, um dos funcionários reféns, contou que tomava café quando viu o primeiro criminoso se aproximar e mostrar a arma para o grupo de trabalhadores que já estava no local. Ele conseguiu correr até a casa do proprietário da loja, que fica nos fundos do estabelecimento, e avisar sobre o assalto. O dono da loja estava em casa com dois irmão no momento do crime e foi obrigado por um dos suspeitos a abrir o cofre que mantinha na casa.

“Eles ficaram sabendo que meu patrão tinha esse cofre e mandaram abrir. Até cortaram o dedo dele”, relatou Rodrigues, que trabalha no local há três anos. “Mas meu patrão não é bobo. Não tinha nada de dinheiro no cofre porque ele só guarda documentos lá. Com bancos, só louco pra deixar dinheiro em cofre hoje em dia”.

O funcionário conta ainda que depois que perceberam não haver dinheiro no cofre, os assaltantes decidiram roubar as televisões que estavam na casa. Mas, a polícia chegou e impediu que eles saíssem da residência com pertences.

Luto oficial

A PM decretou luto oficial de três dias pela morte do soldado. Em nota divulgada pela assessoria de imprensa da corporação, o comandante da PM, coronel Maurício Tortato, lamentou a morte do policial. “Neste momento de dor que se abate sobre toda a corporação, manifestamos os mais profundos sentimentos ao nosso valoroso militar estadual, Cleverson dos Santos, a toda a sua família e aos integrantes do BOPE, rogando a Deus que conforte a todos, na certeza de que, ao tombar em serviço na defesa do cidadão paranaense, o militar honra o seu juramento de sangue por uma sociedade melhor, mais justa e mais humana”, disse.

Movimentação em frente a loja assaltada | Giuliano Gomes/Tribuna do Paraná

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Movimentação em frente a loja assaltada

Policiais do Bope atendem a ocorrência | Giuliano Gomes/Tribuna do Paraná

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Policiais do Bope atendem a ocorrência

Operação de cerco à loja bloqueou a Avenida Rui Barbosa | Giuliano Gomes/Tribuna do Paraná

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Operação de cerco à loja bloqueou a Avenida Rui Barbosa

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IML remove corpo do assaltante morto na ação | Giuliano Gomes/Tribuna do Paraná

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IML remove corpo do assaltante morto na ação

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