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A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) divulgou nota na manhã de hoje manifestando solidariedade à família e amigos da juíza Patrícia Lourival Acioli, assassinada na noite de ontem quando chegava em casa, em Niterói, no Rio. A entidade critica a falta de segurança que alguns magistrados encontram durante o exercício de suas funções.

Segundo a nota, a juíza, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, "mártir da magistratura no combate ao crime, foi assassinada brutal e covardemente a tiros na localidade de Timbau, em Piratininga". Ela era um dos 12 nomes de uma "lista negra" marcada para morrer, encontrada com um suspeito de tráfico de drogas detido no Espírito Santo, isso porque a mesma era uma juíza criminal que realizava exemplarmente o seu trabalho no combate ao narcotráfico em defesa da sociedade", de acordo com a divulgação.

Segundo a Ajufe, Patrícia, que já tinha tido o seu carro metralhado anteriormente, havia recebido uma série de ameaças e mesmo assim não tinha qualquer segurança à sua disposição. No ano passado, de acordo com a associação, dezenas de juízes federais que julgam o narcotráfico internacional e o crime organizado também foram ameaçados em decorrência de suas atividades, estando potencialmente vulneráveis à violência todos os magistrados federais que exercem jurisdição criminal.

"Muitos juízes deixam a competência criminal com medo de serem mortos, pois o Estado não lhe dá a segurança necessária. Isso faz com que a sociedade fique a mercê, na mira desses meliantes. As polícias não possuem qualquer efetivo para dar segurança aos magistrados. O Poder Executivo e o Congresso Nacional nada fazem a respeito, além de virar as costas aos pleitos dos juízes que encontram-se com os seus direitos e prerrogativas cada vez mais vulneráveis", destaca a nota.

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