Associações ligadas à imprensa publicaram hoje notas em solidariedade ao repórter cinematográfico Santiago Ilídio Andrade, da TV Bandeirantes, atingido por um artefato explosivo durante manifestação realizada ontem, no centro do Rio, contra o aumento das tarifas de ônibus do município.
Em nota publicada no site da Associação Brasileira de Imprensa, o presidente Fichel Davit Chargel afirma que "a ABI, que teve atuação destacada contra a ditadura militar nos anos 1964-1985, e, na qualidade de instituição devotada à defesa dos direitos humanos e liberdades públicas, deplora o comportamento dos agressores e exige a imediata apuração dos responsáveis pelos inadmissíveis ataques cujos alvos são frequentemente profissionais de imprensa no exercício de sua missão de informar a sociedade."
A ANJ (Associação Nacional de Jornais) condena "veementemente" a agressão ao cinegrafista e cobra punição. "Diante da gravidade do fato, que constitui um atentado à liberdade de imprensa, ao direito da população de ser livremente informada e ao cidadão de exercer sua profissão, a ANJ exige que os responsáveis pelo ataque sejam identificados e punidos com todo o rigor", declara o vice-presidente Francisco Mesquita Neto.
Na página da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), nota exige "apuração célere" do ocorrido, para que "procedimentos sejam revistos e para que o Estado proteja a liberdade de expressão, a liberdade de informação e o jornalista".
De acordo com a ABI, em 2013 foram contabilizados 114 casos de agressão a jornalistas durante manifestações em todo o país. Segundo a ANJ, o profissional da Band é o terceiro jornalista ferido em manifestações em 2014.
No dia 25 de janeiro, dois jornalistas foram feridos em São Paulo: Sebastião Moreira, da Agência EFE, foi agredido por PMs, e Paulo Alexandre, freelancer, foi agredido por guardas civis metropolitanos.
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