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A 2ª Vara Federal de Curitiba condenou uma moradora de Colombo, na Região Metropolitana, a pagar R$ 3 mil de indenização a um carteiro que foi atacado pelo cachorro dela, um pastor belga que escapou de casa quando a dona abriu o portão. O dinheiro deve ressarcir as despesas geradas pelo tratamento médico necessário por causa das feridas na panturrilha e na canela da perna direita e pelo afastamento do funcionário durante 15 dias.

O caso do carteiro não é incomum: desde o começo de 2013, foram registrados 103 ataques de cachorros contra os funcionários em todo o Paraná. A maior parte deles acontece em Curitiba, nos bairros Tatuquara e CIC. Os incidentes acontecem apesar dos treinamentos periódicos dos trabalhadores da empresa, nos quais contam com o apoio do canil da Polícia Militar (PM).

Para prevenir os ataques, além de fornecer o treinamento, os Correios também buscam conscientizar a população e, juntamente com as companhias de energia (Copel), de saneamento (Sanepar), e da Cavo, responsável pela coleta do lixo na capital, mantêm a campanha "PrevenCão". "Distribuímos cartazes e folders nos locais com maior ocorrência de problemas para ajudar a proteger esses trabalhadores, que são os mais atacados", conta o gerente de saúde dos Correios no estado, Paulo Araújo.

Segundo Araújo, o papel do dono é fundamental para evitar incidentes. "Ele tem que colocar a caixa de correio bem perto do muro ou da grade e manter as portas fechadas", orienta. Além disso, é importante que quem tem cachorros perceba que o animal é uma possível ameaça aos outros. "O cão pode ser amigo de seu dono, mas tem uma natureza de proteção do território. Não é porque ele é pacífico normalmente que não vá proteger a casa onde mora", alerta.

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