O atendimento dos profissionais que atuam nos postos de saúde é uma das principais reclamações que chegam até a ouvidoria da Secretaria de Saúde| Foto: Antônio More / Gazeta do Povo

Queixas sobre o atendimento, o agendamento de consultas especializadas e as complicações no próprio fluxo do atendimento – que podem gerar filas – correspondem a mais da metade das reclamações dos usuários de unidades de saúde básica de Curitiba entre os meses de maio e agosto deste ano. O balanço do 2.º quadrimestre deste ano da Secretaria Municipal de Saúde, divulgado pela prefeitura recentemente, computou um total de 4.527 reclamações através da ouvidoria – 52 a mais que registradas no mesmo período do ano passado. O mês de agosto registrou o maior volume de reclamações – 1,2 mil.

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Em relação aos oito primeiros meses deste ano, chegaram até o poder público municipal um total de 9.171 reclamações dos usuários em relação à saúde pública – uma redução de 6% comparado ao mesmo período de 2014, quando foram computadas 9.759 queixas. Mais da metade (5,5 mil) se referem aos chamados distritos sanitários, que englobam postos de saúde (unidades básicas), Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e Centro de Especialidades. Os distritos com mais problemas apontados pelos usuários, mediante a ouvidoria, foram Bairro Novo, e Boqueirão.

Principais queixas nos Distritos Sanitários

Atendimento dos profissionais - 21%

Agendamento especializado - 19,8%

Fluxo atendimento - 14,3%

Agendamento consulta básica - 8,6%

Quantidade de profissionais - 8%

Fonte: Ouvidoria da SMS

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Efeitos práticos

Segundo Eduardo Funchal, que integra a equipe de gestão da secretaria de saúde, a reclamação de cada usuário deve ser respondida em um prazo máximo de 10 dias. Ele destaca que a ferramenta da ouvidoria ajuda o gestor da unidade de saúde a aprimorar o serviço prestado. “Ele pode conversar com o servidor que, eventualmente, teve uma reclamação registrada ou dimensionar e promover ajustes no próprio sistema de atendimento para procurar atender melhor as pessoas”, afirma.

Funchal explica que quando a reclamação envolve algum servidor e o caso em questão é considerado grave, pode ser instaurado um procedimento administrativo para apurar a situação.

Pronto Atendimento

Do total das 9,1 mil reclamações, 2,1 mil referem-se ao atendimento na rede de urgência e emergência da capital. A demora no atendimento e queixas sobre o atendimento profissional equivalem a 40% das reclamações na Unidades de Pronto Atendimento (UPA).