A superlotação dos postos de saúde de Curitiba continua deixando muitas pessoas sem atendimento médico. Um dos exemplos críticos desse sábado (27) foi registrado no Centro Municipal de Urgências Médicas (CMUM) do Cajuru, que ao contrário do que o nome da unidade dava a entender, deixava pessoas na fila de espera por atendimento médico por até quatro horas.

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Uma das pessoas prejudicadas foi a filha de Paulo Dalagassa, 37 anos. A menina Ana Carolina Dalagassa, 7 anos, estava com febre muito alta e foi levada pelos pais ao posto de saúde. A família chegou à unidade por volta das 10h45, e a criança foi chamada para fazer uma avaliação preliminar – que é feita por uma enfermeira – às 11h05. No entanto, a criança esperou por quatro horas para conseguir atendimento médico, pois apenas por volta das 14h50 foi chamada para ser examinada por um médico.

Segundo o pai da menina, a superlotação no Centro de Urgências Médicas do Cajuru é comum, e a situação se agrava nos finais de semana. "Não é justo que as pessoas que precisam de um médico, tenham que passar por tudo isso. Isso sempre acontece nessa unidade e nada se faz para resolver a situação", disse Paulo.

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Franciele Bernert, autoridade sanitária do CMUM do Cajuru, afirmou que a informação não representava exatamente o que estava acontecendo no local. A responsável pela unidade de saúde disse que havia seis médicos clínicos gerais trabalhando nesse sábado e dois pediatras. Além disso, segundo ela, o tempo de espera para atendimento é de no máximo três horas. Franciele afirmou que a demora para consultar, acontecia por causa do grande volume de pessoas que procuravam o posto. "Essa unidade é para urgências médicas, por isso damos prioridade para os casos mais graves", disse.

Paulo Dalagassa disse ainda que as pessoas que esperavam atendimento ficaram revoltadas com a demora e houve um princípio de confusão na unidade. A Guarda Municipal foi chamada e dois agentes permaneciam no posto - um na ala da pediatria e outro na clínica geral -, mas não houve outros incidentes. Franciele Bernert disse que não tinha sido comunicada sobre essa situação.