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Cerca de 40 integrantes da Frente de Luta pelo Transporte iriam passar a noite no prédio do Legislativo municipal | Antônio More/Gazeta do Povo
Cerca de 40 integrantes da Frente de Luta pelo Transporte iriam passar a noite no prédio do Legislativo municipal| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Forma de protesto

Várias câmaras municipais foram ocupadas Brasil afora após os protestos de junho:

Porto Alegre: Entre 10 e 18 de julho, manifestantes de grupos sociais dormiram no plenário da Câmara da capital gaúcha. O ato criou polêmica na véspera da desocupação, quando ativistas tiraram fotos nus e postaram na internet.

Goiânia: Professores em greve ocupam a casa legislativa da capital goiana desde 23 de setembro para pressionar a prefeitura a negociar. A Justiça deu uma ordem de reintegração de posse, mas os docentes se recusam a sair.

Rio de Janeiro: A Câmara de Vereadores da capital fluminense foi alvo de diversos ataques desde junho. Em 26 de setembro, foi invadida por docentes municipais. Dois dias depois, a polícia expulsou os manifestantes atendendo à decisão judicial. Os professores estão em greve desde 8 de agosto e ontem decidiram manter a paralisação em assembleia tumultuada.

Prefeito

A assessoria de imprensa do prefeito disse à reportagem que a luta da Frente é a mesma da prefeitura e que os integrantes do grupo foram recebidos pelo Executivo municipal para participar da Comissão de Auditoria do Transporte Coletivo. A assessoria reforçou que nenhuma medida precipitada e irresponsável que possa lesar o município será tomada, e que, em relação à anulação dos contratos do transporte, o caminho previsto pela lei será seguido. Não há previsão de que o prefeito vá à Câmara se encontrar com os manifestantes.

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  • Manifestantes dialogam com seguranças antes da ocupação

Cerca de 40 integrantes da Frente de Luta pelo Transporte ocuparam a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) ontem, por volta das 17 horas. Eles querem que o prefeito Gustavo Fruet (PDT) vá negociar pessoalmente com eles. O protesto – pacífico até o fechamento desta edição – exige a redução da tarifa do transporte público na capital, dos atuais R$ 2,70 para R$ 2,25 e a anulação dos contratos firmado com as empresas de ônibus que operam na Rede Integrada de Transporte da capital e região metropolitana. O pedido se baseia em relatórios do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da CPI da Urbs, que apontaram diversas irregularidades no processo de licitação do transporte e na composição da planilha tarifária.

Segundo a Guarda Muni­­cipal (GM), 23 viaturas, oito motocicletas e 60 guardas foram mobilizados para garantir a segurança do patrimônio público ao longo da noite. Um grupo de 30 pessoas, incluindo alguns mascarados carregando uma bandeira do grupo Black Bloc, saiu da Boca Maldita, onde apoiou um protesto de professores, foram até a Câmara e tentaram entrar no prédio, pedido que foi negado pela GM. Até as 21h30, a maioria deles havia ido embora e uma barraca estava montada do lado de fora da Casa, em frente à Praça Eufrásio Correia, no Centro da capital.

De acordo com Bernardo Pilotto, integrante da Frente, a prefeitura não se posicionou em relação ao pedido de anulação dos contratos do transporte coletivo até agora. "É necessário ocupar o espaço para que a prefeitura tome posição e saia de cima do muro", afirmou. Segundo ele, os manifestantes garantiram ao presidente da Câmara, Paulo Salamuni (PV), que não haverá depredação do patrimônio público. Trata-se, portanto, de uma ocupação política e pacífica.

Sessão

Procurado pela reportagem, Salamuni explicou que antes de ocuparem o plenário, os integrantes da Frente participaram da sessão que estava acontecendo e dialogaram com os vereadores. Por um momento, o vereador cogitou passar a noite no local com os manifestantes, mas, segundo a assessoria de imprensa da Casa, o próprio Salamuni descartou a possibilidade depois de algumas horas.

O presidente da Câmara deve se reunir com os representantes da Frente na manhã de hoje.

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