Cerca de 50 ativistas de defesa dos animais passaram a noite de sexta-feira (18) em vigília em frente ao Instituto Royal, em São Roque, município a 66 km de São Paulo, de acordo com a Polícia Militar (PM).
O grupo permanece no local na manhã deste sábado (19), onde deve ocorrer uma manifestação contra o uso de cães em testes feitos pelo instituto a partir das 10h. Mais de 9.000 pessoas haviam confirmado participação no protesto pelo Facebook.
Na madrugada de sexta, um grupo de ao menos cem ativistas invadiu o instituto e retirou 178 cães da raça beagle, usados em pesquisas para empresas farmacêuticas.
Não é a primeira vez que o instituto é alvo de protestos. Em agosto do ano passado, cerca de 200 manifestantes de diversas ONGs de proteção aos animais foram até o portão da empresa, onde quatro seguranças estacionaram o carro em frente ao portão de entrada para evitar arrombamentos.
Outro lado
O advogado do Instituto Royal afirmou que o local "passa por constantes vistorias e nunca foi encontrada irregularidade".
Segundo ele, todas as atividades com animais desenvolvidos no instituto são regulares, certificadas e tocadas por profissionais qualificados, com ampla experiência e reconhecimento.
O laboratório registrou um boletim de ocorrência e aguarda o resultado de inquérito policial para decidir se vai adotar alguma medida jurídica. "Equipamentos de laboratório, computadores, medicamentos e outros objetos ou foram levados ou foram destruídos. Várias salas foram arrombadas. Ainda não foi calculado o prejuízo."
Segundo o promotor do Meio Ambiente de São Roque, Wilson Velasco, que investiga indícios de violação dos direitos dos animais por parte do instituto, laudos de veterinários comprovaram que o espaço estava dentro das normas exigidas.
Ele disse que a invasão do Instituto Royal fez com que se perdesse qualquer prova que pudesse indicar maus-tratos.
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