Números apurados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostram que nos últimos dois anos a correção das mensalidades escolares ficou acima da inflação. "Isso acaba tendo um reflexo negativo para os consumidores, que investem cada vez mais renda nas despesas com a escola", comenta o economista Sandro Silva, do Dieese. "O ideal seria que os pais se reunissem e tentassem negociar um reajuste menor junto com a escola", sugere.
Além do índice inflacionário, o reajuste salarial dos professores é outro fator apontado para o aumento das mensalidades. "O reajuste das mensalidades sempre foi maior que o dos salários dos docentes. Não existe um parâmetro correto para se traçar esse valor com base no nosso salário", afirma o presidente do Sindicato dos Professores no Estado do Paraná (Sinpropar), Sérgio Gonçalves Lima.
O último reajuste médio das mensalidades ficou em 7,49%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a inflação de 2005, que servirá de base para a correção de 2006, esteve no patamar de 5,05%, de acordo com o Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPC-A) do IBGE. E o Sinpropar informa que a classe teve reajuste salarial de 5,5% neste ano.
Planejar
O economista Sandro Silva aconselha que as famílias aproveitem esta época do ano para planejar um orçamento para o próximo ano. Silva lembra que no início de 2007 haverá despesas com material escolar, uniforme, além do pagamento de impostos, como o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). "O principal é colocar tudo na ponta do lápis e fazer o planejamento dos gastos e das receitas", afirma Silva. (JO)