A Avenida Comendador Franco, que liga o Aeroporto Afonso Pena a Curitiba, pode perder o apelido de "Avenida das Torres" até a Copa de 2014. A retirada das estruturas de alta tensão presentes em 18 quilômetros da via pode ser a principal novidade na lista de obras de preparação da cidade para o Mundial.

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A proposta foi apresentada durante a reunião de ontem pelo ministro das Cidades, Márcio Fortes. A ideia surgiu quando os representantes da prefeitura mostravam o projeto que prevê R$ 79,8 milhões em melhorias no tráfego da avenida.

"O ministro fez a sugestão (de tirar as torres) e nós nos comprometemos a fazer os estudos o mais rápido possível. O difícil vai ser achar outro nome para o lu­­gar", brincou o prefeito Beto Ri­­cha. O investimento inicial já está entre as propostas consideradas prioritárias pela União, mas qualquer acréscimo depende do que será reapresentado pelo município.

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Após a intervenção de Fortes, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que a melhor opção é usar o espaço ocupado pelas torres com canaletas exclusivas para ônibus. "Seria bom pelos dois lados, pela melhoria do tráfego e pela criação de mais um espaço de transporte público."

Segundo o presidente do Ippuc, Cléver Almeida, o projeto começará a ser discutido a partir de hoje com técnicos da Com­panhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel). Os técnicos têm até o dia 30 de novembro para apresentar a proposta, quando deve ser realizada uma nova reunião em Brasília.

De acordo com a Copel, a transformação das atuais torres em cabos subterrâneos é viável. O empreendimento, contudo, só sairia do papel se a prefeitura se comprometer a apresentar um projeto e arcar com os custos.

Segundo a Copel, as companhias de energia optam pela rede aérea em função dos custos da subterrânea. No caso dos 18 quilômetros da Comendador Franco, a despesa com os cabos enterrados seria 15 vezes maior do que com a rede tradicional.

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