Pronto-socorro da Santa Casa de Londrina: outras instituições de saúde da rede municipal estão recebendo os pacientes do Hospital Universitário| Foto: Roberto Custódio / Jornal de Londrina

Mais quatro casos no HU

A direção do Hospital Universitário (HU) de Londrina confirmou ontem que mais quatro pacientes estão contaminados com a bactéria klebsiella. A unidade aguarda o resultado do exame de mais nove pacientes.

Um grupo de 26 pacientes com a bactéria está internado. Outros cinco já receberam alta. A superintendente do HU, Margarida Carvalho, disse que os pacientes sob suspeita de infecção são crianças.

A direção do hospital ainda não tem uma data para que o atendimento seja normalizado.

A diretora do HU informou que o processo de desinfecção das enfermarias, nas quais os pacientes estavam internados, está avançado. No entanto, Margarida explicou que este não é um processo 100% eficaz. "As bactérias são moradoras crônicas dos hospitais. Isso não é uma exclusividade do HU. No ano passado, a unidade conseguiu zerar os pacientes colonizados pela bactéria", declarou.

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Londrina - A bactéria klebsiella, que causou o fechamento do pronto-socorro e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário de Londrina na última quarta-feira, não é uma exclusividade do HU. O Hospital Evangélico informou ontem que tem entre seis e oito pacientes colonizados com o organismo. A direção da instituição garantiu que os pacientes estão isolados e o organismo controlado.

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"A klebsiella é mais uma das diversas bactérias. Infelizmente não gostaríamos que tivéssemos, mas temos alguns pacientes isolados com as devidas precauções", afirmou a gerente operacional do Evangélico, Alda Hayashi. Ela não soube informar o número exato de pessoas infectadas, mas disse que são entre seis e oito pacientes colonizados. "Eles se internaram por outras patologias e têm a bactéria", afirmou.

Alda explicou que a bactéria chegou ao hospital em dezembro do ano passado. "Nosso primeiro caso foi em dezembro, de um paciente que já havia sido internado no HU. Quando descobrimos, ele estava colonizado por uma internação anterior. Essa bactéria ficou no hospital e, a partir daí, chegou a outros [pacientes]", contou. Segundo a gerente, não há motivos para grande preocupação, já que os pacientes estão em isolamento e recebendo o tratamento, que ela chamou de "descolonização" da bactéria.

Pelo protocolo, o paciente suspeito de ter a bactéria já é isolado. Se o exame der negativo, ele volta a ficar internado entre outros pacientes. Se der positivo, continua isolado até que um novo exame dê negativo, após o tratamento. "Não é algo tão alarmante, mas nos preocupa pois é um fator a mais de risco." Entretanto, Alda afirmou que um hospital tem diversos tipos de bactérias resistentes e que precisam ser controladas pela equipe de infecção hospitalar.

Impacto

Desde a última quarta-feira, o pronto-socorro do HU deixou de receber novos pacientes. A direção também fechou a UTI e o Centro de Tratamento de Queimados. O motivo foi a descoberta de pacientes infectados pela klebsiella em diversos setores da instituição. A direção restringiu ainda a visita aos internados.

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Os demais hospitais de Londrina sentiram o impacto do fechamento do pronto-socorro do HU. O gestor do sistema público de Saúde não soube informar números, mas disse que a procura cresceu em outros serviços. "Sobrecarregou [o sistema], mas até agora demos conta do recado. Os hospitais sentiram o fechamento do HU, tanto o Zona Norte quanto o Zona Sul, o Evangélico e a Santa Casa", afirmou o secretário municipal de Saúde, Edson de Souza, que é o gestor do sistema. De acordo com ele, os postos de Saúde 16 horas e 24 horas, além do Pronto Atendimento Municipal (PAM), também sentiram aumento de demanda.