Doze bandeiras manchadas com tinta vermelha, simbolizando o sangue dos 12 mortos na chacina da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, foram hasteadas em varais na areia da Praia de Copacabana, na zona sul da cidade do Rio, na tarde deste domingo (10). O ato tem por objetivo homenagear as vítimas do massacre e pedir um combate mais efetivo ao tráfico de armas e munições.
Segundo o coordenador da organização não governamental Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, que está promovendo a manifestação, a ideia é fomentar um debate entre as autoridades e a sociedade.
"Estamos aqui para fazer perguntas às autoridades que, esperamos, sejam respondidas à sociedade civil: de onde vêm as munições? Qual a procedência das armas? Sabe-se que 86% das armas que foram apreendidas das mãos de bandidos haviam sido vendidas legalmente. Há 150 mil armas acauteladas pela Polícia Civil e guardadas em depósito. Há segurança?", perguntou Costa.
Segundo ele, o controle das armas também é responsabilidade da sociedade civil. Ele explica que é preciso fazer uma mobilização para retirar as armas de circulação, assim como é feito para combater a dengue. "Estamos falando de algo disseminado como o mosquito da dengue, só que rasga a carne, interrompe vidas, devasta famílias", afirmou.
Além das bandeiras, foi estendido um cartaz na areia da praia com a seguinte frase: "A sociedade exige combate ao tráfico de armas e munição".
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