Parte de uma quadrilha especializada em assaltar residências de luxo e estabelecimentos comerciais no Litoral do estado foi presa nesta sexta-feira (4). Para abordar as vítimas sem levantar suspeitas, os integrantes do grupo criminoso se apresentavam como policiais civis. Há indícios de que a facção seja a responsável por uma série de assaltos cometidos na temporada passada.
As investigações apontam que a quadrilha era chefiada por Enio Gonçalves da Rocha, de 41 anos, e Marcos Silas Neves de Souza. De acordo com o delegado Kleudson Moreira Tavares, da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), eles faziam um levantamento prévio sobre as vítimas e recrutavam comparsas, especificamente de Curitiba, que desciam ao Litoral para participar dos crimes. A polícia estima que a quadrilha contava com 15 integrantes.
De acordo com o Denarc, o grupo cometeu dois assaltos a residências de luxo, em Matinhos e em Paranaguá. Os roubos ocorreram no início de fevereiro, em um intervalo de uma semana. Em uma das ações, a quadrilha levou R$ 58 mil em dinheiro, além de joias. Não há registro de feridos nos assaltos.
"Os bandidos iam a casa e se passavam por policiais civis. Assim que conseguiam entrar na residência, eles rendiam as vítimas e informavam que a ação, na verdade, se tratava de um assalto", disse o delegado.
Prisões
O Denarc investigava a atuação da quadrilha havia mais de 30 dias. Após identificar os acusados e conseguir elementos que comprovassem a participação deles nos crimes, a polícia pediu a prisão preventiva dos suspeitos. Com os mandados de prisão expedidos pela Justiça, uma operação foi articulada para deter os acusados.
Rocha, Souza e um terceiro suspeito, identificado como Edilson de Freitas Diniz, de 28 anos, foram localizados no Balneário Riviera, em Matinhos. Na casa em que eles estavam, a polícia encontrou uma pistola 9 milímetros e 240 comprimidos usados contra impotência sexual, proibidos no Brasil.
Foi preso ainda Hugo Leonardo Marzini, de 24 anos. Segundo a polícia, ele estava escondido em um apartamento localizado no bairro Alto da XV, em Curitiba. O grupo foi indiciado por formação de quadrilha, roubo, porte ilegal de arma e crime contra saúde pública (pela posse dos comprimidos).
O delegado informou que há indícios de que o grupo tenha agido também na temporada passada, quando uma série de roubos semelhantes foi cometida. Na ocasião, além de residências de luxo, estabelecimentos comerciais também foram vítimas dos assaltos. Moreira Tavares disse que a polícia está providenciando um levantamento para apurar quantos roubos o grupo teria cometido entre o fim de 2009 e o início de 2010. O Denarc também vai aprofundar as investigações para identificar os outros integrantes da quadrilha.
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