São Paulo Em tom de "adeus às armas", o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, iniciou ontem a sua despedida do cargo que ocupa há quatro anos em discurso proferido na abertura do Seminário Internacional de Ciências Criminais, em São Paulo. Em entrevista coletiva após o discurso, Thomaz Bastos confirmou sua saída do ministério em 2007, mesmo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja reeleito.
"Estou programado para ficar quatro anos morando e trabalhando em Brasília. Gosto muito do Ministério da Justiça. Acho que o trabalho foi muito gratificante, muito proveitoso. Lançamos as bases de novas instituições no Brasil, que estão fortes como nunca. Mas quatro anos é o bastante. O Brasil tem uma safra de advogados e juristas brilhante", disse o ministro.
Balanço
Em seu discurso, Bastos fez um balanço de sua atuação frente ao Ministério da Justiça, que teria alcançado "razoavelmente" os objetivos. "Posso dizer que a performance do Ministério da Justiça nestes quatro anos foi uma história de êxito e nossos objetivos foram razoavelmente alcançados", afirmou o ministro.
Bastos elogiou o trabalho do Ministério Público e da Polícia Federal e disse que quando assumiu a pasta, o país vivia uma crise mais normativa e menos institucional, sendo necessário um fortalecimento destas instituições. "Ambas (Ministério Público e Polícia Federal) necessitavam de independência, impessoalidade para atuarem como instituições representativas da República e não como representantes dos detentores do poder", disse. O ministro classificou a reforma judiciária como a mais importante das reformas e afirmou que foi feita a reforma possível e não a desejada.
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