Bebê morre após sofrer agressões do próprio pai

Um bebê de sete meses deu entrada já sem vida no Hospital do Trabalhador, em Curitiba, na noite de quinta-feira (17). De acordo com o laudo preliminar do Instituto Médico-Legal (IML), a criança apresentava vários ossos fraturados e teve rompimento de órgãos internos. Em depoimento à polícia, o pai – um homem de 21 anos – confessou que agrediu o filho, após ter perdido o controle, porque o bebê não parava de chorar.

A família da criança mora na Avenida Presidente Wenceslau Braz, no bairro Portão. Por volta das 23 horas, o bebê foi levado pela avó paterna ao quartel do Corpo de Bombeiros, no mesmo bairro, onde integrantes da corporação tentaram reanimar o menino, que já apresentava parada cardiorrespiratória. O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi acionado, mas também não conseguiu reverter o quadro. A vítima, então, foi encaminhada ao Hospital do Trabalhador, mas chegou morta à unidade.

A delegada Maritza Haisi, titular da Delegacia de Homicídios (DH), disse que o pai da vítima prestou depoimento na tarde desta sexta-feira (18) e confessou que agrediu a criança. À polícia, o homem relatou que cuidava de seus dois filhos e que se descontrolou porque o bebê não parava de chorar. O pai teria agredido a criança com socos e tapas na cabeça e nas costas. "Ao longo do depoimento, ele [o pai da vítima] perdeu o equilíbrio e chorou muito por diversas vezes", contou a delegada.

Após as agressões, o bebê teria sido posto no berço. Como o menino continuava a chorar, o pai ficou alarmado e chamou a avó da criança, que constatou que o estado de saúde do bebê era grave. Em depoimento, o homem disse que sofre de distúrbios psicológicos. A mãe da criança estava trabalhando na hora do ocorrido e não estava em casa.

Segundo a delegada, o pai do bebê foi indiciado por homicídio, mas, como não houve flagrante, ele foi liberado após prestar depoimento. A polícia aguarda o laudo definitivo do IML para adotar os próximos procedimentos que, segundo Maritza, deve ser o pedido de prisão preventiva do acusado.