O juiz federal Odilon de Oliveira disse que os traficantes Fernando Luiz da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e o colombiano Juan Carlos Abadia pretendiam seqüestrar autoridades do judiciário e do executivo para trocar pela liberdade de outros presos ligados aos dois. A Polícia Federal (PF) diz ter descoberto o plano e os dois prestaram depoimentos na madrugada desta terça-feira (5).
Os dois estão de volta ao presídio federal de Campo Grande. Eles e mais dois detentos são acusados pela PF de comandar de dentro da unidade prisional um esquema de extorsões e seqüestros em Mato Grosso do Sul e em outros estados.
"Não temos nomes, mas sabemos que eles pretendiam usar a liberdade destas pessoas como moeda de troca para a liberdade de outras pessoas presas e que tenham algum tipo de relação com eles", disse Oliveira. O juiz afirmou ainda que não acredita que estivesse em uma suposta lista de nomes de vítimas do plano.
Depoimentos
A movimentação dos presos pela cidade mobilizou dezenas de policiais e agentes penitenciários. Os depoimentos terminaram por volta das 2h. De acordo com a PF, nenhum dos presos falou sobre as acusações.
Durante seis meses, a PF, o Ministério Público e a Justiça investigaram a ação dos acusados. Quatro pessoas suspeitas de envolvimento nesses casos foram detidas naOperação X, deflagrada na segunda-feira (4).
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