São Paulo O presidente nacional e coordenador da campanha do PT, Ricardo Berzoini, disse que inicia nesta semana as conversações com os partidos de sustentação do governo para a formação de uma aliança ampla visando à campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Já tenho mandato para começar o diálogo em cima de uma proposta programática", afirmou, reconhecendo que a costura de alianças é um tema delicado.
Embora o 13.º Encontro Nacional do PT, encerrado ontem em São Paulo, tenha aprovado a realização de amplas alianças com todos os partidos, há correntes dentro do partido que consideram pouco provável a realização de uma coligação mais ampla para as eleições de outubro. "A aprovação da lei de verticalização das alianças vai impedir que os partidos de direita façam coligação conosco", afirmou Joaquim Soriano, da Democracia Socialista (DS) e secretário-geral adjunto do PT.
Quanto ao PMDB, o partido que desperta grande interesse tanto do PT como do PSDB, Soriano acredita que as alianças locais ficarão limitadas a estados pouco expressivos, como Tocantins, Roraima, Goiás e Amazonas. Já o presidente da CUT, João Felício, afirmou que o acordo com o PMDB é fundamental. "Na hora em que o PMDB vier para a campanha, os outros partidos de sustentação do governo também vão aderir."